Primeiro Encontro de Comunidades Quilombolas

A Comunidade Mormaça, município de Sertão, foi palco do primeiro encontro de Quilombolas da Arquidiocese de Passo Fundo

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A Comunidade Mormaça, município de Sertão, foi palco do primeiro encontro de Quilombolas da Arquidiocese de Passo Fundo, promovido pela Cáritas Arquidiocesana com o apoio da Cáritas Paroquial, da Emater de Sertão e da Cáritas Regional. Através do mesmo foi possível tornar realidade o sonho idealizado e fortalecer a parceria com a Associação Cultural das Mulheres Negras, Grupo Alforria de Passo Fundo, Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo, Projur Mulher Cidadã da Universidade de Passo Fundo, representantes da Marcha das Mulheres Negras e Igreja Evangélica Assembleia de Deus que colaboraram com as discussões no encontro.

Realizado no dia 12 de dezembro, o encontro se destacou pela alegria, ousadia, resgate da cultura, músicas, danças e pratos típicos. Cerca de 150 pessoas participaram do evento. O dia foi de troca de experiência, vivências históricas e de fortalecimento de parcerias. Na oportunidade o quilombo da Mormaça acolheu como Santo padroeiro São Miguel Arcanjo. Na celebração a professora Dejanira Ribeiro, do Grupo Alforria, fez um resgate da luta das comunidades negras, a importância de acolher São Miguel como protetor pela sua história e espiritualidade.

Para Laídes da Rosa Oliveira, remanescente da comunidade quilombola da Mormaça, o primeiro encontro foi maravilhoso, “foi ótimo receber várias entidades, grupos diferentes, partilhar nossa história e receber a imagem de São Miguel Arcanjo”. Conforme Gessi dos Santos, animadora da Cáritas paroquial de Sertão, “a iniciativa surgiu com o objetivo de valorizar as raízes do povo negro e celebrar as conquistas das comunidades. Esse encontro marca o inicio de muitos que virão”.

O encontro ficou marcado pelos depoimentos de pessoas idosas das comunidades Arvinha e Mormaça. Para os quilombos esse resgate, contado oralmente, fortalece a luta pelos direitos e contribui para manter viva a história, e a espiritualidade. A participação/formação de comunidades quilombolas na região não é apenas de resistência, mas também da criação de outro modelo de sociedade, elas nos ajudam a viver a cultura do bem viver e da casa comum. 

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