OPINIÃO

Coluna Adriano

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Boletim Foco
Após o duro discurso do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em São Paulo, na semana passada, as projeções do mercado financeiro para a taxa básica de juros subiram ainda mais.
A expectativa agora é que a Selic encerre o ano que vem em 14,63% ao ano - o que demonstra uma divisão das projeções de 14,50% e 14,75% ao ano. A nova estimativa é bem mais alta do que a vista na semana passada, de 14,25% aa, que é o patamar atual dos juros domésticos.

Boa notícia
As vendas do comércio varejista subiram 0,6% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado interrompe oito meses de quedas seguidas.
As vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tiveram alta de 2%, contribuíram para o crescimento. Também colaboraram os setores de tecidos, vestuário e calçados (1,9%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,5%). Neste ano, as vendas no varejo restrito acumulam recuo de 3,6%. Em 12 meses, a retração é de 2,7%, a maior desde janeiro de 2004.

Contrariado
O governo federal decidiu reduzir a meta de superávit primário (economia feita para o pagamento de juros da dívida pública) em 2016 para o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Antes da decisão do governo, Levy afirmou nesta terça que seria "inconveniente" reduzir a meta. "Acho ela (a redução da meta) um inconveniente e um equívoco essa mistura da meta por causa do Bolsa Família. A meta é a meta, Bolsa Família é Bolsa Família", disse o ministro a jornalistas ao chegar a um evento, em Brasília. "Obviamente ninguém vai querer se esconder atrás do Bolsa Família para não tomar as medidas necessárias para o Brasil ir no rumo correto, no rumo da preservação dos empregos."

Uber
Estudo divulgado em 14 de dezembro pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), apontou que a procura por táxi é a mesma após o Uber. O estudo é assinado por Luiz Alberto Esteves, economista-chefe do Cade. Esteves avaliou o mercado de corridas de táxi em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF) no período de outubro de 2014 a maio de 2015. Foram usados como parâmetro dois aplicativos de táxi anteriores ao Uber: o 99taxis e o Easy Taxi. O estudo concluiu que não houve diminuição na procura das duas empresas após a entrada do Uber no mercado nessas quatro grandes capitais. Também não houve mudança quando são considerados os dados de duas cidades nas quais o aplicativo não compete de forma relevante (Porto Alegre e Recife).

Para o economista, o resultado do estudo “demonstrou que o aplicativo (Uber), ao contrário de absorver uma parcela relevante das corridas feitas por táxis, na verdade conquistou majoritariamente novos clientes, que não utilizavam serviços de táxi”, escreveu.
“Significa, em suma, que até o momento o Uber não ‘usurpou’ parte considerável dos clientes dos táxis nem comprometeu significativamente o negócio dos taxistas, mas sim gerou uma nova demanda”, diz Esteves.

Opinião
Para sair da crise é preciso resolver o nó político instalado em Brasilia. Sem a solução desse nó, não será possível sair e nem iniciar um novo ciclo de crescimento econômico. Esse novo ciclo, passa necessariamente por reformar nossa economia, e reformas no Brasil é sinônimo de crise e lutas de classes, do bem contra o mal, do bandido contra o mocinho. Essa discussão e divisão nos trouxeram até essa crise. Tramitar e aprovar um pedido de impeachment sob a liderança de Eduardo Cunha do PMDB não dá credito e legitimidade para o processo. Por outro lado, a Presidente Dilma, só pensa em fazer a luta contra o impeachment. Quem irá pagar a conta dessa briga política serão as empresas, as famílias, os trabalhadores enfim, a sociedade como um todo. Estaremos mais uma vez postergando nossos planos, nossos sonhos por uma briga política destrutiva que não nos levará a lugar algum. Precisamos de um novo projeto, um novo sonho de novos líderes. Quem serão nossos líderes? Quem irá apresentar um projeto de nação? Nesse momento a dúvida é a maior de nossas certezas.

Adriano José da Silva
Coordenador da Escola de Administração IMED.

 

 

 

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