Depois do sol, a chuva

Semana inicia com nebulosidade em todo o Rio Grande do Sul. Por aqui, a chuva deve chegar na terça-feira

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Sol, calor e céu azul. O cenário, no final de semana, foi inspirador para quem desejava iniciar o ano na praia, caminhando na praça ou, mesmo, na tranquilidade de um dia bonito. E, depois de um domingo de sol e temperaturas altas, o clima começa a mudar no Rio Grande do Sul. A propagação de uma frente fria traz um início de semana com possibilidade de chuva em quase todas as regiões. A previsão indica, ainda, temporais, associados com fortes rajadas de vento e queda de granizo. A instabilidade permanece durante toda a segunda-feira, (4), e é somente na parte da tarde que a nebulosidade diminui. Na terça-feira, a chuva retorna: o dia será com céu encoberto e com chuva na maior parte do estado. Ao longo do dia ocorrerão aberturas de sol e apenas na Campanha e na Zona Sul o tempo ficará firme. Por aqui, a chuva chega na terça-feira e ganha maior intensidade na quarta. Apesar disso, as temperaturas seguem altas.

Voltando para casa
E o clima interfere, também, na reconstrução da vida daqueles que foram atingidos pela cheia no Estado. De acordo com o boletim da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de sábado (2), o número de famílias desalojadas e desabrigadas está diminuindo. Aos poucos, com a redução dos níveis dos rios, as pessoas atingidas pelas cheias já retornam para suas casas. A Defesa Civil segue entregando ajuda humanitária, bem como prestando suporte técnico no monitoramento e levantamento de danos dos municípios. Agora, os dados apontam 2771 famílias atingidas nos 43 municípios em que a cheia causou estragos. 1398 famílias estão desalojadas e 157 famílias estão desabrigadas.

El Niño enfraquece entre maio e abril
Em 2016, o fenômeno El Niño deve sofrer um enfraquecimento gradativo até meados de abril ou maio. A afirmação é do meteorologista-chefe da Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia, Luiz Cavalcanti. O fenômeno, que provoca flutuações no clima devido ao aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico, foi o responsável pelo excesso de chuvas na região Sul, pela seca na região Nordeste e em parte da região Norte, em 2015.

“Ainda teremos o El Niño atuando durante o primeiro semestre de 2016, mas seu enfraquecimento trará reflexos na organização do clima”, disse Cavalcanti. A previsão é que, com o fim do El Niño, o Sul não deverá ter tantas chuvas em 2016. No Centro-Oeste, as chuvas não devem tardar tanto, diminuindo a ocorrência de incêndios.

Entre os principais acontecimentos climáticos de 2015 no Brasil, o meteorologista citou as chuvas no Sul e Centro-Oeste, a seca no Nordeste (que dura 4 anos) e a seca no Sudeste, no começo do ano, que resultou em problemas de abastecimento de água em São Paulo. “Foi um ano muito quente no Brasil”, concluiu Cavalcanti.

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