Mais uma nota mil

Outro passo-fundense, Luiz Otávio Rovaris, de 19 anos, também ficou entre os 104 participantes da prova do Enem que tiraram a nota máxima. O bom resultado possibilitou a entrada na Faculdade de Medicina da UFRGS

Por
· 2 min de leitura
 Crédito:  Crédito:
Crédito:
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Aos 19 anos, Luiz Otávio Rovaris está prestes a deixar Passo Fundo para encarar a vida de um estudante de Medicina na capital gaúcha. A mudança só é possível porque o estudante conquistou a nota máxima, ou nota mil, na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – mérito que, dentre seis milhões de inscritos, apenas 104 conseguiram. Dois deles em Passo Fundo: na edição do último final de semana, 16 e 17 de janeiro, o Jornal O Nacional noticiou que a professora de Língua Portuguesa e Redação, Dafne Dino, conquistou a nota mil na prova de redação; Luiz Otávio também. A diferença é que, enquanto Dafne procurava testar estratégias desenvolvidas em sala de aula, a boa nota de Luiz Otávio, somada aos bons resultados nas outras áreas da prova, garantiu ao aluno o 3º lugar no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Meu objetivo sempre foi conseguir uma nota suficiente pra entrar em Medicina em uma faculdade federal. Objetivo que felizmente conquistei”. 

Para chegar até o resultado positivo, Luiz Otávio precisou de atenção e dedicação. Passar em um vestibular de Medicina, por si só, já é uma tarefa que exige estudo e foco. Se o objetivo for uma faculdade federal, a concorrência dobrada exige um esforço também dobrado. Para o estudante, a experiência de testar o conteúdo aprendido foi o caminho acertado para a nota. “Meus professores de redação, do Fleming Medicina, foram muito importantes na minha evolução. No começo do ano passado, minhas notas eram muito inferiores às necessárias para a Medicina, mas com o trabalho deles, desenvolvendo redações sobre os mais diversos temas toda semana, cresci muito. Acho que apenas a prática pode ajudar nesse caso, e foi o que fiz”, conta.

A prática permitiu que o tema escolhido para a prova do Enem - “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira” – pudesse fluir de maneira natural na mente do estudante e, posteriormente, no papel. “Achei a proposta de redação muito pertinente, pois é um tema que exige uma discussão urgente da sociedade. Pensei em exemplos, na literatura brasileira, de mulheres oprimidas pelo sexo masculino, como o livro que coloquei em minha redação, São Bernardo, de Graciliano Ramos. Além disso, tentei analisar os motivos pelos quais a violência ainda persiste”, lembra.

Além da prova de redação, o estudante também precisou de bons resultados nas áreas de humanas e exatas para garantir a boa colocação na UFRGS. “A prova do Enem tem sido bastante valorizada nos últimos anos e os colégios estão preparando seus alunos cada vez mais pra ela”. E, apesar de cansativa, a prova é, na opinião de Luiz Otávio, uma boa forma de testar os conhecimentos de quem se prepara para ingressar na faculdade. “A maior qualidade da prova é a interdisciplinaridade aplicada a questões práticas do dia-a-dia, que cobra do aluno conhecimento de duas ou mais matérias em uma só questão”, conclui.

Gostou? Compartilhe