No ano de 2015 o município de Passo Fundo teve uma perda de mais de 1,2 mil vagas de emprego de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) no comparativo entre admissões e desligamentos de janeiro a dezembro. Os setores que tiveram maiores perdas foram a indústria de transformação, construção civil e comércio. Conforme dados da Agência FGTAS/Sine de Passo Fundo em relação a 2014 a queda das vagas de emprego é de pouco mais de 2%. Na agência há vagas disponíveis, no entanto falta qualificação profissional para a recolocação no mercado.
Conforme o coordenador da agência do FGTAS/Sine Sérgio Ferrari a indústria de transformação teve, proporcionalmente ao número de vagas, o maior saldo negativo com uma queda de -6,77%, quando comparado a 2014. Ferrari destaca que a maior parte das 189 vagas fechadas foram registradas nos setores metalomecânico e de confecção. Na construção civil, o saldo negativo é de 143 vagas, que representa queda de 4,41%. Durante o ano foram contratadas 2.234 e demitidas 2.377. No comércio as contratações durante todo o ano passado foram superiores a 10,4 mil pessoas, no entanto as demissões foram de mais de 10,8 mil, um saldo negativo de 375 vagas. Na área de serviços a queda foi de 60 vagas, queda de 0,22%.
Sérgio compara ainda que o ano de 2014 fechou com um incremento de mais de 600 postos de trabalho, ao passo que em 2015 o saldo negativo foi de 1.213 vagas. Na agência do FGTAS/Sine mensalmente são encaminhados cerca de 950 pedidos de seguro desemprego. Apesar de a agência dispor de cerca de 130 vagas de trabalho, além de empresas que diariamente levam o setor de recursos humanos até a lá para fazer entrevistas de candidatos, a recolocação no mercado esbarra na falta de qualificação dos candidatos, de acordo com Ferrari. A agência inclusive ampliou o horário de trabalho no último ano para dar conta de atender as cerca de 200 pessoas que procuram os serviços diariamente. O horário de atendimento se estende da 8h às 17h sem fechar ao meio dia.
Tendência
Conforme Ferrari os indicativos de janeiro de 2016 apontam que o mês deve fecha com um saldo positivo de vagas, mas a partir do mês que vem já é possível avaliar que os dados voltem a ser negativos. O motivo são as contratações temporárias que devem se encerrar a partir do próximo período.
País e Estado
O Brasil registrou a perda de 1.542.371 postos de trabalho formal em 2015, representando queda de 3,74% em relação ao estoque (número total de empregos formais) do ano anterior. Os setores que mais registraram queda foram a indústria de transformação e a construção civil - 608.878 e - 416.959 vagas, respectivamente. Da mesma forma, todas as unidades da Federação apresentaram queda no contingente de vagas em 2015. As maiores retrações foram registradas em São Paulo (-466.686 postos ou -3,65%), Minas Gerais (-196.086 postos ou -4,58%), Rio de Janeiro (-183.686 postos ou -4,69%), Rio Grande do Sul (-95.173 postos ou -3,55%) e Pernambuco (-89.561 postos ou -6,43%).