Bombeiros alertam para riscos de fogo em vegetação

Com a falta de chuva no mês de janeiro, equipes já atenderam 19 ocorrências

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No domingo à tarde, equipes controlaram um foco de incêndio no bairro SecchiNo domingo à tarde, equipes controlaram um foco de incêndio no bairro Secchi
No domingo à tarde, equipes controlaram um foco de incêndio no bairro Secchi
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Os bombeiros trabalharam por cerca de quatro horas para conter o incêndio que atingiu a vegetação na área da antiga pedreira, no bairro São José. A ocorrência foi uma das 10 chamadas de fogo em mato recebidas pela sala de emergência somente na última sexta-feira. “Tivemos de atender seis no mesmo dia” revela o sargento Osmar de Moraes, responsável pela seção de combate a incêndio.

Segundo ele, a incidência deste tipo de ocorrência é característica das altas temperaturas associada à falta de chuva. No mês de janeiro, a Embrapa Trigo/Inmet registrou apenas 52 milímetros de chuva. O dado representa 34,8% das médias esperadas para o mês. Um quadro que, de acordo com Moraes, provoca o ressecamento da vegetação, facilitando a propagação do fogo. Desde o início de janeiro até ontem à tarde, os bombeiros já haviam atendidos 19 casos, contra nenhum no mês de dezembro. 90% deles aconteceram a partir da segunda quinzena, período em que a estiagem se intensificou.

No entanto, ele destaca que a seca é responsável por apenas 10% dos casos. Nos demais, as suspeitas são de que o fogo tenha sido provocado de maneira criminosa. “ Ao invés de roçar terrenos e outras áreas maiores, alguns proprietários preferem fazer a limpeza ateando fogo. Como a vegetação é muito seca neste período, as chamas se espalham rapidamente. O risco de fugir do controle é muito grande” alerta.

No caso da ocorrência atendida na área da pedreira os focos de incêndio espalhados em diferentes pontos reforçam as suspeitas de uma ação criminosa. Uma equipe de seis bombeiros e a utilização de dois caminhões-tanque foram utilizados para controlar a situação. A nuvem de fumaça que cobriu a área assustou moradores das imediações. “Quando identificado, o autor pode responder pelo crime de incêndio. Ele pode causar dano ambiental e também ao patrimônio. A fumaça pode trazer complicações respiratórias para os vizinhos” diz Moraes.

A principal recomendação para reduzir este tipo de ocorrência é a fiscalização. “O primeiro ponto é ficar atento para que as pessoas não depositem lixo ou galhos de árvores em terrenos baldios. A prefeitura tem um serviço de recolhimento deste tipo de material. A denúncia é outra ferramenta importante. Quem flagrar alguém colocando fogo em terrenos deve imediatamente identificar o proprietário e entrar em contato com a Polícia Ambiental ou direto com a Brigada Militar”, recomenda, chamando a atenção para o fato que este tipo de ocorrência, em alguns casos, necessita o emprego de toda a guarnição de plantão, o que pode prejudicar o deslocamento para o atendimento de outras chamadas de emergências.

Crime

O crime de incêndio está previsto no artigo 250 do Código Penal – Decreto Lei 2848/40. Consiste em causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem. A pena prevista é de 3 a 6 anos de reclusão, acrescida de multa.

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