OPINIÃO

Coluna Adriano

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Sugestão
Delfim Netto recomenda  que Dilma Rousseff assuma de volta a presidência da República e a 2 de fevereiro apresente ao Congresso no mínimo quatro reformas: da Previdência Social, reduzindo  pensões e aposentadorias; da flexibilização do mercado de trabalho, suprimindo os direitos sociais que ainda sobram; da desindexação, permitindo que os salários não acompanhem a alta do custo de vida; e da desvinculação das verbas do orçamento, levando o governo a renegar compromissos com o Legislativo. Com isso, completa o ex-csar da economia, “abre-se espaço para o setor privado operar”. Fora daí, para ele, será o caos nos próximos três anos.

Dito e feito
Em encontro com petroleiros petistas na Bahia, em setembro de 2010, o deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou que: “ a eleição da Dilma é mais importante do que a do Lula, porque é a eleição do projeto político, porque a Dilma nos representa. A Dilma não era uma liderança que tinha uma grande expressão popular, eleitoral, uma raiz histórica no país, como o Lula foi criando, como outros tiveram, o Brizola, o Arraes e tantos outros. Então, ela é a expressão do projeto político, da liderança do Lula e do nosso acúmulo desses 30 anos. Se queremos aprofundar as mudanças, temos que cuidar do partido e temos que cuidar dos movimentos sociais, da organização popular - discursou Dirceu, que teve de deixar o cargo de ministro da Casa Civil, em 2005, em meio ao escândalo do mensalão do PT”. Passados pouco mais de cinco anos, a fala de Dirceu é pertinente e atual a Presidente Dilma, não possui musculatura política e para concluir o mandato depende dos movimentos sociais e do Partido dos Trabalhadores, mais do que nunca.

Ranking
O Brasil perdeu 7 posições no ranking do Índice de Percepção da Corrupção (The Corruption Perceptions Index), elaborado pela Transparência Internacional. O país aparece em 76º lugar na edição de 2015 entre 167 países pesquisados. Em 2014, o Brasil estava na 69ª posição entre 174 países. O país perdeu pontos no ranking: tinha 43 pontos em 2014 e ficou com 38 em 2015. Quanto mais pontos, menor é a percepção da corrupção. O levantamento é baseado em entrevistas com especialistas no assunto. Mede a percepção de corrupção no setor público dos países pesquisados.

Corrupção
A corrupção é a questão que mais preocupa o brasileiro, afirma a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o gerente de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, as pessoas estão começando a associar a corrupção à má qualidade dos serviços públicos. “Com os escândalos, esse é um tema diário. A mídia está noticiando a Lava Jato há quase dois anos e a coisa está se expandindo", disse. "A população está percebendo que, de repente, a construção de uma escola passa a ser focada, não no interesse público, mas no interesse de quem a está construindo”. Ainda segundo a CNI, 65% das pessoas consideram a corrupção uma questão extremamente grave no Brasil, seguida das drogas (61%) e da violência (57%). Já na pesquisa, realizada em 2012, os três principais problemas citados pela população eram drogas (72%), violência (65%) e saúde (62%). A corrupção aparecia em quarto lugar (58%). Já em 2014, drogas (67%), violência (64%) e corrupção (62%) foram colocadas como problemas extremamente graves.

Prioridade
O gerente da CNI relatou que na primeira discussão sobre a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), que destinaria recursos para a área da saúde, outra pesquisa da entidade mostrou que as pessoas sabiam que a saúde precisa melhorar, mas eram contra os tributos. “Para elas, o que bastava era mais eficiência e combate à corrupção”, afirmou. A CNI também perguntou quais deveriam ser as prioridades do governo em 2016. Para 36%, melhorar os serviços de saúde deve ser prioridade, seguida pelo controle da inflação (31%) e, em terceiro, combate à corrupção (26%) e promoção da geração de empregos (26%). “A população já identificou que [a corrupção] é um problema grave e é preciso dar prioridade nesse combate", disse.

Educação
Também a pesquisa da CNI apontou ainda que a questão da qualidade da educação aparece em 14ª posição como extremamente grave para as pessoas e, em quinto lugar, quando elencadas as prioridades do governo para 2016.

Maravilha
“A economia do Brasil não parou, nem vai parar” Dilma. Tem razão. Está andando para trás desde o ano passado, Ricardo Amorim. A Presidente Dilma só pode morar no mundo de Alice.

Adriano José da Silva
Professor Coordenador da Escola de Administração Imed

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