Doenças respiratórias também surgem no verão

Manter o corpo hidratado, uma alimentação adequada e evitar variações bruscas de temperatura são algumas dicas importantes

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As doenças respiratórias não aparecem só no inverno. Elas também são frequentes no verão. Sol, calor, baixa umidade relativa do ar e outros fatores presentes na época mais quente do ano também contribuem para o surgimento destas doenças. As mais comuns são os resfriados, rinites, sinusites, faringites, amigdalites e pneumonias. Além disso, pode ocorrer o agravamento de doenças pulmonares crônicas como a asma e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPCO). O pneumologista Tiago Simon ressalta que a melhor forma de prevenir estas doenças é manter-se hidratado e com alimentação adequada, além de evitar variações bruscas de temperatura e tomar líquidos muito gelados. Para os indivíduos que fazem tratamento de manutenção para pneumopatias crônicas deve-se manter o tratamento prescrito.
O médico também enfatiza alguns cuidados com o ar condicionado. “O ar condicionado, tão utilizado no verão, ajuda a proliferar bactérias e fungos e, por isso, exige a manutenção e limpeza constante. Caso não realizada, o uso deste aparelho acaba trazendo mais infecções, além de ressecar as mucosas nasais, barreiras importantes para filtrar o ar inspirado. A temperatura ideal é cerca de 22ºC”, orienta o pneumologista.

As variações abruptas de temperatura também devem ser evitadas. “Nas mudanças repentinas de temperatura, que costumamos chamar de choque térmico, o organismo gasta mais energia, alterando sua imunidade para manter a temperatura corporal estável. Enfermidades pré-existentes, como asma ou a DPOC, podem apresentar piora aguda, devido à reação inflamatória causada pelos estímulos externos”, explica Simon.

Baixa umidade do ar reflete na saúde
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera situação de alerta quando a umidade relativa do ar cai para menos de 30%. Nas últimas semanas, municípios do Rio Grande do Sul chegaram a registrar a umidade abaixo dos 20%.
A baixa umidade do ar pode desencadear uma série de complicações respiratórias e agravar doenças já existentes. Conforme o pneumologista, quanto menor for a umidade do ar, mais cuidados devem ser tomados para evitar complicações alérgicas e respiratórias. “O tempo seco leva ao ressecamento das vias aéreas e à doenças como rinite e rinossinusite, uma inflamação da mucosa que reveste a cavidade nasal; assim como a descompensação de asma e da doença pulmonar obstrutiva crônica  que diminuem a capacidade respiratória”, destaca Simon.
Dicas caseiras podem contribuir para amenizar os efeitos da secura do ar. Conforme o pneumologista, as pessoas podem espalhar toalhas úmidas, usar umidificadores caseiros ou bacias de água nos ambientes mais fechados.

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