Aumenta índice de infestação do mosquito no município

Rio Grande do Sul também registra os primeiros dois casos contraídos no Estado

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A conscientização da comunidade e o cuidado em cada residência são fundamentais para o combate ao mosquito Aedes aegypti. Os dados do novo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) saíram nessa semana. Em Passo Fundo, o índice foi de 1,6 %, o que representa que a cada 100 casas, 1,6 são positivas quanto a infestação pelo mosquito. Em novembro de 2015, o índice do município era de 0,7%.

Além de transmitir Dengue, o vírus Zika e a febre Chikungunya também são preocupantes. Com as altas temperaturas e as chuvas de verão, o perigo da água parada é cada vez maior, criando espaços propícios para a proliferação do mosquito. De acordo com a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde, Ivânia Silvestrin, a comunidade precisa colaborar para que o combate seja efetivo. “Em hipótese alguma as pessoas devem deixar água parada em suas residências e o pátio deve ser vistoriado sempre. O engajamento e a conscientização da comunidade é fundamental”, disse ela.

Em Passo Fundo, cerca de 100 profissionais capacitados, entre agentes da Dengue e agentes comunitários em Saúde, trabalham para que os índices de infestação sejam reduzidos. “Desde dezembro do ano passado, a Vigilância Ambiental capacitou os agentes comunitários em Saúde. O objetivo é que, durante as visitas em residências, também seja possível verificar os possíveis criadouros ou locais propícios para a proliferação do mosquito, além de dar orientações sobre as doenças”, explicou Ivânia.

Focos
Neste início de ano já foram encontrados 43 focos do mosquito Aedes aegypti e 2 focos do mosquito Aedes albopictus. Em 2015, foram registrados 679 focos do Aedes aegypti e 177 do Aedes albopictus. Enquanto o Aedes aegypti transmite as três doenças - Dengue, Zika e Chikungunya, o Aedes albopictus transmite a febre Chikungunya. Durante as visitas, os agentes dão orientações para a população e fazem vistorias. Em caso de criadouros, os locais são eliminados e as larvas são coletadas para saber o tipo do mosquito.Em fevereiro, os agentes comunitários também receberão capacitação sobre o vírus Zika, a fim de obter mais informações para orientar as gestantes do município.

Boletim
O boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (29), pela Secretaria da Saúde, informa que foram registrados até agora 18 casos importados de dengue, ou seja, de pessoas que contraíram a doença em outros estados. Além disso, o secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, confirmou os dois primeiros casos de dengue contraída no território gaúcho (autóctone). Os casos autóctones ainda não foram inseridos no boletim epidemiológica, mas já foram confirmados pelo Laboratório Central do Estado. Os casos foram registrados em Guaíba e São Paulo das Missões, município do Região Noroeste. De acordo com Gabbardo, o fato reforça a mobilização para 13 de fevereiro - Dia D de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. 

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