OPINIÃO

Coluna Adriano

Por
· 3 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Focus
A pesquisa do boletim Focus, divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central, aumentou a previsão de inflação para este ano, o índice passou de 7,23% para 7,26%. A projeção para a redução do PIB neste ano passou de -3% para -3,01%. A estimativa para a taxa Selic no final de 2016 foi reduzida de 14,64% para 14,25%.

Dívida pública em alta
A dívida pública sofreu em 2015 a maior alta em pelo menos nove anos e fechou dezembro em patamar recorde de 66,2% do PIB. No ano, o setor público gastou R$ 111,2 bilhões a mais do que arrecadou, com as contas pressionadas pelo pagamento das chamadas pedaladas, pelo crescimento das despesas obrigatórias e pela forte retração da arrecadação de tributos. A dívida pública não para de crescer e de bater recordes. Um dos piores indicadores do passivo federal são os volumes com vencimento em 2016, que somam R$ 507,3 bilhões, o equivalente a 8,5% do PIB. É mais um número histórico, representando salto de 67,8% em relação ao valor dos títulos do Tesouro que precisavam ser quitados em plena crise de 2009.

O custo dos incentivos fiscais
Enquanto busca ajustar suas contas e entregar um superávit primário de 0,5% do PIB em 2016, o governo vai abrir mão de R$ 264,3 bilhões em isenções ou reduções tributárias ao longo do período. O valor representa redução de 6,4% em relação ao previsto na lei orçamentária do ano passado. O volume total de renúncia para este ano encosta em 5% do PIB e inclui extensa lista de incentivos, alguns deles bastante polêmicos, que beneficiam do mercado de trabalho aos aposentados.

Emprego informal em alta
O aumento da taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas em 2015 foi acompanhado pelo crescimento da informalidade e de atividades autônomas, como costuma ocorrer em períodos de crise. O número de pessoas com carteira de trabalho assinada foi de 11,5 milhões em dezembro do ano passado, queda de 5% frente ao mesmo mês do ano anterior. São 603 mil empregos formalizados a menos. É o menor contingente desde julho de 2012, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego divulgada pelo IBGE.

Queda no rendimento do trabalhador
Com a inflação alta e uma dinâmica desfavorável no mercado de trabalho, o rendimento real dos trabalhadores teve sua primeira queda desde 2004, após 10 anos de ganhos anuais consecutivos. O rendimento real teve uma perda de 3,7% em 2015 frente ao ano anterior, para R$ 2.265,09, segundo dados divulgados pelo IBGE. Trata-se da maior queda percentual da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, iniciada em 2002.

Concessão de crédito
As concessões de crédito caíram 3,2% em 2015. A redução ocorre em um cenário de alta de juros, aumento da inadimplência e queda tanto na demanda como na oferta de financiamentos. Dados divulgados pelo Banco Central mostram que o recuo se deu, principalmente, no crédito subsidiado (-18%), que inclui operações imobiliárias para pessoas físicas e do BNDES para empresas. Nos empréstimos a taxas de mercado, a queda foi de 0,7%.

Subsídios de energia
O governo argentino pode economizar cerca de R$ 10 bilhões por ano com a retirada dos subsídios de energia, segundo cálculos de consultorias. O corte também ajudará, avaliam as consultorias, a diminuir o déficit fiscal, que chegou a 7,1% do PIB em 2015. A meta é atingir 0,3% em 2019. Com a retirada do auxílio financeiro, o aumento na luz poderá chegar a 500%. A conta de um usuário que pagava 25 pesos (cerca de R$ 7,2) deverá passar para 150 pesos (quase R$ 45).

Juros no Japão
O Banco do Japão cortou as taxas de juros do país para 0,1% negativo, deflagrando uma alta nos mercados de ações e títulos, como parte das medidas das autoridades econômicas de todo o mundo para responder às crescentes preocupações quanto às perspectivas da China e os riscos de uma desaceleração mundial.

PMDB
O recesso parlamentar fez bem ao Partido mantêm Dilma em Brasília (PMDB), que estava em pé de guerra em razão da convenção nacional em março de 2016. O Vice Presidente da República Michel Temer e o Presidente do Senado Federal Renan Calheiros, chegaram a um acordo de paz. Michel Temer seguirá Presidente Nacional do PMDB, e Renan será o primeiro vice presidente. Michel Temer foi citado por delatores na operação lava jato e Renan Calheiros responde a seis processos no Supremo Tribunal Federal. Triste ver a nação que a mais de 30 anos encontra-se refém de um partido fisiológico que não possui projeto e faz refém qualquer partido ou presidente que chega ao poder central. Se correr o bicho pega se ficar, o bicho come.

Um bom carnaval a todos!!!

 

Gostou? Compartilhe