OPINIÃO

Coluna Celestino Meneghini

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Mosquito flagela gigante
Do tórrido nordeste brasileiro ao sul de nosso Rio Grande, o mosquito da dengue é mais do que ameaça. E este território gigante sente nas veias o ataque silencioso e mortal de um ser minúsculo. De modo crescente somos vítimas deste perigo que agride sem ruído. Imperceptível, está em toda parte e com sua picada discreta inferniza a segurança de nossa saúde, no abalo com a febre, dores, deformação cefálica, e o lúgubre flerte com a morte. A ciência acelera pesquisas e os aparelhos de prevenção sanitária rondam lugares habitados ou não à caça do aedes aegypti, que tem potencial de contágio pelo Aedes Albopicus, Aedes Aegypti do Zika vírus e Chicungunya, em variações diversas. Ainda estamos numa fase primária de combate aos focos geradores de mosquito, meio sem rumo, como quem apaga o fogo voraz em dia de vento forte.

Teoria da Conspiração
Circula nos sites do mundo, em forma de denúncia, com advertência de que paira novamente a suspeita de interesses de poderosos grupos internacionais, especialmente da Inglaterra, via comércio do mosquito transgênico. Como se sabe, cogitou-se no controle do mosquito por meio de manejo de machos transgênicos para fecundação das fêmeas, com a missão de matar o mosquito em forma de larva. O que funcionou no laboratório não ocorreu na prática das ruas. E mais, a presença do antibiótico Tetraciclina, supostamente no ambiente do mosquito, blindou o processo e preservou a procriação do Aedes Aegypti. Em síntese, as circunstâncias ambientais, com descarte de inadequado de substâncias à base de Tetraciclina, frustrou a experiência do combate “natural” com o próprio mosquito geneticamente modificado. Mais ainda, criou mosquitos super resistentes. O alerta é de que paira o interesse de uma agenda maldita e de objetivos eugenistas. Complicado isso! Quanto aos desejos de tornar tudo, alimentos, remédios, segurança, em objeto mercantilista – não se tem dúvida. A Máfia das Próteses que o diga! A denúncia sobre interesses dos EUA, no famigerado programa MEC-ISAID dos anos 60, com leite e queijo americano fartamente distribuído nas escolas, também é memória não depurada.

Saneamento é o pior
Com tudo o que se ouve, num painel de transformações, já não se despreza, nem se escarnece da “Teoria da Conspiração”. Todavia, a observação mais clara sobre a nocividade e progressão dos causadores de doenças, é a inércia de políticas para o saneamento nas cidades e no campo. Esgoto a céu aberto, despejo de águas servidas nos rios e riachos, enfim, a falta de estrutura de saneamento é o barril de pólvora em compostos de dejetos. É no ambiente de águas paradas, no desleixo de todos, que o mosquito se estabelece. Tudo isso é um conjunto do cenário perigoso para a saúde que assombra com os casos de microcefalia.

Manchetes
Os tempos são outros. A Polícia Federal investiga denúncias, versões de delatores, informações mais ou menos qualificadas, mas não controla a mídia. A imprensa não faz justiça e pode desequilibrar com a diversidade de critérios. A jornalista Vera Guimarães Martins menciona a circunstância de não ser badalado o escândalo do iniciador do mensalão tucano, Eduardo Azeredo, condenado. É que Azeredo ficou restrito a Minas. O mesmo não acontece com Aécio Neves, que figurou no proscênio político nacional em 2014. Mesmo apontado na delação premiada, deve sofrer o crivo que ronda Lula. É claro que Cunha, Aécio e Fernando Henrique, têm certa condescendência da grande mídia lacerdista.

Retoques:
* Ficou canhestro o discurso do banqueiro Luiz Carlos Trabuco defendendo a CPMF. O Bradesco será premiado com operações líquidas nos novos empréstimos consignados. Dinheiro circula, mas banco ganha mais!
* O bloco (partidário) governista em Brasília terá nova recontagem!
* Estão circulando, via internet, informações sobre escândalos de corrupção de 2002 trazendo à memória Dimas Toledo, que comandou Furnas. E Fernando Moura, lobista, volta a ganhar importância.

Gostou? Compartilhe