Município vai notificar Estado

Vistorias são realizadas a cada 15 dias no local, em que já foram encontrados focos de Aedes aegypti. Até o momento, nenhuma solução foi apresentada pelo governo

Por
· 1 min de leitura
Agentes realizam vistorias no local a cada 15 dias. Sempre são encontradas larvas e pupas de mosquitos, inclusive de Aedes aegyptiAgentes realizam vistorias no local a cada 15 dias. Sempre são encontradas larvas e pupas de mosquitos, inclusive de Aedes aegypti
Agentes realizam vistorias no local a cada 15 dias. Sempre são encontradas larvas e pupas de mosquitos, inclusive de Aedes aegypti
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Desde 2014, o Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde vem pedindo uma solução ao governo do Estado em relação à área da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa). Nesta quarta-feira (17), mais uma vistoria foi realizada no local, que parou de funcionar em 2011, em função da falta de investimentos do governo. Com uma área total de 24 mil metros quadrados, o terreno abriga vários pontos com água parada, possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. No total são sete poços interligados, com mais de 10 mil litros de água cada contendo larvas e pupas, além da presença de mosquitos adultos. Segundo a coordenadora do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde, Ivânia Silvestrin, algumas providências foram tomadas pela diretoria da Cesa, como a aplicação de cal e de hidrocloreto na água, contudo, o problema não foi resolvido. “Nós pedimos para o Estado tomar providências em relação a esses poços, desse jeito não pode ficar. Muitas pessoas podem adoecer somente pelos mosquitos que saem daqui. Nós estamos aqui justamente para averiguar a situação e pedir para que o Estado se sensibilize com a situação de Passo Fundo e tome providências em relação a esse espaço”. 

O local é vistoriado pela equipe a cada 15 dias e sempre são encontradas larvas e pupas de mosquitos, inclusive de Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e vírus zika. “É um risco imenso para toda a cidade”, explica Ivânia. Com base na Lei 5173 de 2015, o município notificará o Estado para tentar uma solução do problema. Segundo o texto da lei, é obrigatório conservar a limpeza de locais que possam abrigar água parada. Caso nenhuma atitude seja tomada, a lei prevê a aplicação de multa.

Cesa
A unidade da Cesa de Passo Fundo, que parou de funcionar em 2011, foi colocada à venda, pela primeira vez, em dezembro do mesmo ano. Um edital de leilão saiu, com um valor inicial de mais de 15 milhões de reais, avaliados por serviços imobiliários particulares e por um avaliador do Estado, mas nunca houve lance. Na época, um novo edital foi publicado e, novamente, a venda não aconteceu. Mais tarde, um leilão na modalidade concorrência tipo maior preço, marcado para setembro de 2013 e com um lance mínimo de 19,5 milhões, foi suspenso devido uma ação do Sindicato dos Auxiliares de Administração de Armazéns Gerais do Estado (Sagers) que garantiu na Justiça uma liminar impedindo a venda da unidade. Entre as justificativas consideradas pela 19º Vara do Trabalho de Porto Alegre, estavam centenas de processos trabalhistas, reclamatórias na Justiça do Trabalho e, ainda, o cadastro no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas.

 

Gostou? Compartilhe