Apenas 17 dias após ter a garagem da residência invadida pela água da chuva, o drama voltou a se repetir segunda-feira à noite, na casa da família Mendes, localizada na rua Uruguai, nº 2103, bairro Boqueirão. Durante a chuva forte que atingiu a cidade, por volta das 20h, em poucos segundos a água acumulada no terreno baldio ao lado, desceu para a garagem, no subsolo.
A família ainda estava tentando se refazer dos prejuízos causados pelo primeiro alagamento, no dia 30 de janeiro, quando a água destruiu o muro na divisa do terreno e atingiu o nível de aproximadamente dois metros de altura dentro da peça. Móveis e eletrodomésticos ficaram destruídos. “Já havíamos realizado a limpeza e adquirido uma nova máquina de lavar roupa, um aparelho de lava-jato e um aspirador de pó. Perdemos novamente” lamentou uma familiar. Segundo ela, o problema vem ocorrendo em razão da falta do muro frontal no terreno baldio ao lado e, ainda, pelo bueiro existente na rua. “Quando ele entope a água acumula no fundo deste terreno e desce para a garagem” afirmou.
Vila Ipiranga
Na Vila Ipiranga, a moradora Francieli Trilha reclama dos constantes alagamentos na rua provocados pela falta de dragagem e entupimento dos bueiros. Moradora há mais de 30 anos da comunidade, ela também critica os buracos existentes no asfalto da rua Luiz Lângaro, a qual, segundo ela, é o acesso principal de carros e linha de ônibus.
Francieli diz que as vias sem asfalto estão intransitáveis. “A associação de moradores já pediu providências mas nada foi feito, nem mesmo a cabeceira da ponte foi arrumada e a qualquer momento pode ocorrer uma tragédia” desabafa a moradora. Na mesma situação estão os moradores da Rua Mosqueteiros, no Parque Recreio. Eles reclamam que nem mesmo o caminhão do lixo está passando no local. “Isto não é uma rua e sim um atalho no meio da vila”, reclama a moradora Eva dos Santos. A secretaria de obras informou que o volume de chuva nas últimas semanas tem ocasionado muitos problemas e que a Vila Ipiranga e Parque Recreio estão no cronograma.