Grupo quer difundir nova tecnologia de energia limpa

Sistema tem capacidade de armazenar energia durante 180 dias

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Um sistema capaz de transformar a radiação solar em calor, através de um receptor, e depois armazenar esta energia em temperaturas elevadas até 1100 ºC, podendo ser arrefecido a 100º C, durante um período de 180 dias. Implementar no Brasil esta nova tecnologia, desenvolvida para a produção de eletricidade a partir de energia solar armazenada, é a intenção de um grupo formado por ambientalista, engenheiros e empreendedores. Em maio do ano passado, o grupo, formado por cinco pessoas, partiu de Passo Fundo para a cidade de Kragujec, distante cerca de 140 quilômetros de Belgrado, na Sérvia, para conhecer o sistema criado pelo professor, Vladan Petrovic, e voltou otimista com a experiência. A iniciativa partiu do encontro entre o sérvio, Lajos Sebescen, engenheiro de comunicação, e o ambientalista Carlos Eduardo Sander. 

?"Ele comentou sobre o professor Petrovic que vinha desenvolvendo um projeto de energia solar mais avançado que as placas fotovoltaicas. Como venho acompanhando o debate e apostando em alternativas de energia limpa, desde o início dos anos 80 em Brasília, participando de eventos como o Encontro Latino-americano anti-nuclear, realizado em 1988, em Mar Del Plata, na Argentina, no Chile e no Brasil, fiz contato com outras pessoas interessadas no assunto e viajamos para a Sérvia?" conta Sander.

O 'sistema Petrovic' é composto basicamente pelo concentrador solar (espécie de antena parabólica), capaz de focar a energia solar para temperaturas elevadas, uma unidade de armazenamento da energia, e o receptor solar, que transforma a radiação solar em calor. A energia térmica pode ser utilizada para aquecimento, refrigeração, produção de vapor, indústria química, indústria de transformação de produtos alimentares, entre outros fins.
Segundo Sander, no Brasil a radiação solar para uma área de 1metro quadrado é de 1 mil wats. O aproveitamento das placas fotovoltaicas é de aproximadamente 15% desta radiação, gerando 150 wats. No sistema Petrovic, o aproveitamento é de 70%, gerando 700 wats. ?"O aproveitamento é muito superior, sem contar a capacidade de armazenamento desta energia, por um período de até 180 dias?" compara o ambientalista. Segundo ele, um técnico da Sérvia virá ao Brasil para prestar assessoria sobre o equipamento. O valor para aquisição da patente é de aproximadamente 2 milhões de euros. ?"Estamos na fase de estudos do sistema e abrindo a possibilidade de participação para empreendedores interessados?" afirma.


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