Ano letivo deve iniciar com paralisação na rede estadual

CPERS organiza mobilização para reivindicar melhorias na educação pública e aumento do salário do magistério. Calendário escolar inicia na próxima segunda-feira (29)

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Ato de mobilização depende da aceitação por parte dos professoresAto de mobilização depende da aceitação por parte dos professores
Ato de mobilização depende da aceitação por parte dos professores
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O ano letivo de 2016 deve começar com paralisação na rede estadual de ensino. Em reunião realizada na quarta-feira (24) pelo Núcleo do CPERS Sindicato de Passo Fundo foi decidida a adesão do município na mobilização organizada em âmbito estadual. As aulas iniciariam na segunda-feira (29) para os mais de 37 mil alunos da região da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). O ato de mobilização depende da aceitação por parte dos professores. Cada escola é livre para decidir se faz ou não parte do movimento. Conforme o diretor do núcleo de Passo Fundo, Orlando Marcelino da Silva, o trabalho de passar nas escolas para conversar com os professores iniciou ainda ontem. “Os conselheiros do sindicato estão distribuindo material que aborda a situação do Estado, como o pagamento do piso e a defesa da escola pública. O governo tem fechado turmas, mudado a carga horária de trabalho, que fere a autonomia pedagógica das escolas. Estamos provocando o debate, além de fazer o levantamento da falta de recursos humanos”, explica.

A principal atividade para o dia 29 é fazer um debate com a comunidade e com os professores e funcionários, visando a preparação da greve nacional, nos dias 15, 16 e 17 de março. No dia 15 será realizada uma assembleia regional e no dia 18 uma assembleia estadual que decidirá pela continuidade ou não da greve. Na segunda-feira, o sindicato disponibilizará ônibus para quem desejar participar do ato em Porto Alegre. Mas a prioridade do núcleo é fazer as paralisações nas escolas em Passo Fundo. Serão duas plenárias, uma no turno da manhã e outra no turno da tarde. O local das atividades ainda não foi decidido. Na avaliação de Silva, o movimento contará com uma boa adesão dos professores. “Principalmente por causa de todo o terrorismo do governo Sartori em relação ao salário. Infelizmente tudo isso está acontecendo porque o Sartori não tem uma política de valorização dos educadores e nem da escola pública”, afirma.

Porto Alegre
Em nível estadual, a paralisação foi decidida ainda no dia 22, em reunião dos conselheiros do CPERS, em Porto Alegre. Entre as dez propostas aprovadas, está a paralisação geral nas escolas no dia 29 de fevereiro – dia nacional de paralisação na educação e primeiro dia de aula na rede estadual de ensino. A orientação do sindicato é a de que, nesta data, nenhuma escola abra as portas e que todos, pais, alunos e educadores, participem da manifestação pelas ruas centrais da capital e da aula cidadã em frente ao Piratini.

Na abertura do Conselho, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, destacou que a pauta salarial será o centro da disputa do sindicato neste ano e ressaltou que atualmente a defasagem salarial do Magistério gaúcho chega a 69,44%. “Temos que ter este número como referência em nossa campanha salarial e exigir do governo que apresente uma proposta que, no mínimo, diminua esse vergonhoso índice”, salientou.

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