OPINIÃO

Coluna Adriano

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Labirinto
Se Dilma renunciasse, assumiria seu vice Michel Temer. Com ele, o MDB e o que existe de pior em relação à fisiologia e atraso ideológico se alojariam, de fato, no poder. Se Dilma e Temer fossem cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quem assumiria o Brasil seria o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha do PMDB, por um período de três meses, até que se convocassem novas eleições. Nesse tempo, o que existe de pior, do bom e velho MDB, se alojaria da mesma forma no poder. Em suma: Dilma permanecendo até 2018, a economia continuaria em dura crise, em contrapartida, a operação lava jato avançaria a passos largos em razão de sua falta de credibilidade após um longo período de graves denúncias de corrupção. Se Dilma saísse de cena – com renúncia ou impeachment, o PMDB assumiria, a economia reagiria positivamente, pelo simples fato da mudança e de que um novo governo teria mais legitimidade para propor as reformas de estado tão necessárias e consequentemente a credibilidade seria retomada, e, no entanto, as operações da lava jato e o combate à corrupção reduziriam sua ímpeto midiático em razão de fatos novos na economia e na condução do país. Estamos no meio de um labirinto, em busca de respostas. E, neste caso, nada é mais contundente do que aquele velho ditado: “se ficar o bicho pega e ...”

Boletim Focus
A pesquisa do boletim Focus, divulgada pelo nesta segunda-feira pelo Banco Central, aumentou a previsão de inflação para este ano, o índice passou de 7,61% para 7,62%.  A projeção para a redução do PIB neste ano passou de -3,33% para -3,4%.  A estimativa para a taxa Selic no final de 2016 se manteve em 14,25%.

Reforma da Previdência
A presidente Dilma Rousseff manteve em 2016 a agenda do ajuste fiscal. Um de seus principais itens é a Reforma da Previdência. O governo quer discutir os seguintes pontos: 1) demografia e idade média das aposentadorias; 2) financiamento da Previdência Social: receitas, renúncias e recuperação de créditos; 3) diferença de regras entre homens e mulheres; 4) pensões por morte; 5) Previdência rural: financiamento e regras de acesso; 6) regimes próprios de Previdência; e 7) convergência dos sistemas previdenciários.

Tipo exportação
O Rio Grande do Sul, exportou para o Governo Federal, seu jeito de fechar as contas e acabar com o déficit do estado. Todos os últimos governos com exceção da ex-governadora Yeda Crusius utilizaram os depósitos judiciais para poder honrar seus compromissos. Aqui no Rio Grande do Sul não existe preocupação com o futuro e muito menos com equilíbrio orçamentário e financeiro. Agora o modelo utilizado aqui, servira para o Governo Dilma pagar seus compromissos. Basta observar que o governo federal vai enviar ao Congresso um projeto de lei que permite incorporar às suas receitas precatórios que não foram sacados nos últimos quatro anos, que somam atualmente R$ 5,7 bilhões. O Tesouro Nacional também poderá considerar como dinheiro em caixa os recursos depositados nos bancos por ordem da Justiça, mas que não forem sacados a partir deste ano. O governo estima com isso, uma receita de mais R$ 6,3 bilhões neste ano. Por meio dessa mudança contábil, o governo espera ganhar uma folga de R$ 12 bilhões em 2016. Se nossas façanhas não servem de modelo para toda a terra, ao menos, para o Brasil está servindo.

Boa notícia
A Sulgás juntamente com o Conselho Regional dos Representantes Comerciais – CORE/RS, firmaram um convênio chamado de Projeto Frota – Sinal Verde para a Economia. A Sulgás dará um bônus de 1.100 m³ de Gás Natural Veicular (GNV) para os representantes comerciais que adaptarem seus veículos para o uso do combustível no Rio Grande do Sul, a meta é alcançar a conversão de 900 veículos em um ano. O bônus corresponde a cerca de 60% do custo de adaptação. Cabe destacar a inciativa do Presidente da Sulgás Claudemir Bragagnolo que tem demonstrado preocupação e realizado atitudes inovadoras frente a Sulgás.

Saudades de 2015
Ainda não tem porta de saída o brasileiro vai sentir saudades de 2015. Recessão de 4% é muito raro na história do mundo. Dois anos seguidos, mais raro ainda. Com inflação de 10%, então... é muito profissionalismo pra conseguir um estrago assim. Economista e Presidente do INSPER Marcos Lisboa.

Adriano José da Silva
Professor Coordenador da Escola de Administração da IMED

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