Continuo a reflexão sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica que tem por foco o saneamento básico. O se entende por saneamento básico? Ele inclui os serviços de abastecimento de água, o manejo adequado dos esgotos sanitários, das águas pluviais, dos resíduos sólidos, o controle de reservatórios e dos agentes transmissores de doenças.
Sem muito esforço percebemos a sua complexidade e a importância que o saneamento tem para a saúde e as condições de vida digna de uma comunidade, seja ela urbana ou rural. Diante disso a Assembleia Geral da ONU reconheceu em 28 de julho de 2010 o direito à água e à disposição do esgoto sanitário como algo essencial para a concretização de todos os direitos humanos.
O saneamento básico é uma urgência no Brasil por estarmos muito longe da meta. Um estudo do Ministério das Cidades aponta que 42% da população brasileira ainda não tem acesso à coleta de esgoto. Segundo o IBGE, 72,3% do lixo é depositado de forma inadequada. Já 93% das residências da área urbana tem abastecimento de água. A meta do governo é universalizar o saneamento básico até 2033, mas a projeção da Confederação Nacional da Indústria apontou que, se a média de investimento não for dobrada, o acesso total à água encanada chegará apenas em 2043, e à rede de esgoto, em 2054.
Neste contexto temos de positivo os investimentos que estão sendo feitos, mesmo que ainda não sejam suficientes; temos uma legislação que estabelece competências e prazos e já existe uma maior conscientização e comprometimento da sociedade com o saneamento básico. Nunca é demais repetir o lema da Campanha da Fraternidade Ecumênica: casa comum, nossa responsabilidade.
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