Esquadrão de combate ao mosquito Aedes Aegypti

Instituto Menino Deus ensina alunos a fazer repelentes, incentiva a eliminação dos criadouros e trabalha o assunto em sala de aula

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Estudantes aprendem a fazer o repelente à base de citronela e de cravo da índiaEstudantes aprendem a fazer o repelente à base de citronela e de cravo da índia
Estudantes aprendem a fazer o repelente à base de citronela e de cravo da índia
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A Escola Redentorista Instituto Menino Deus formou um verdadeiro esquadrão de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. A iniciativa surgiu a partir de uma professora de Ciências, que ensina os estudantes a combater e a se proteger do mosquito. Cerca de 200 alunos das turmas do 5º ao 8º ano estão engajados na ação que abrange desenvolver repelentes a base de citronela e cravo da índia, realizar mutirões na escola e ao redor dela e trabalhar textos sobre o assunto em sala de aula.
O semestre começou diferente na disciplina de Ciências do Instituto Menino Deus. A professora e idealizadora do projeto, Nádia Fante Escobar, está ensinando na prática como combater o mosquito Aedes aegypti. “Não é o conteúdo da disciplina, é um assunto e uma atividade extra, mas que no momento é uma necessidade. O projeto visa combater o mosquito de duas formas: produzindo o repelente e protegendo os vasos de flores na escola, no entorno dela”, explicou a professora de Ciências.
Uma das principais ações é a fabricação de repelentes naturais, a base da planta citronela e do cravo da índia, que possuem aromas desagradáveis que afastam os mosquitos e previnem a picada do inseto. “A citronela é um repelente natural e temos plantação na escola. Também já trabalho com o repelente de cravo há cerca de cinco anos. É uma maneira natural de se proteger”, destaca Nádia.
É importante ressaltar que o Ministério da Saúde indica o uso de repelentes que contenham substâncias como DEET ou Icaridina acima de 20% para adultos, e de 10% para crianças com mais de 2 meses de vida, no entanto, o repelente caseiro também é mais uma outra opção para afastar o Aedes aegypti. O repelente pode ser utilizado como spray e aplicado no corpo e no ambiente. É uma mistura natural, ecológica e não apresenta contraindicação. “O mosquito é atraído pelo cheiro da pele, então ao camuflar o cheiro, vamos repelir o mosquito. O repelente não mata o inseto, mas evita que a fêmea pique e, consequentemente, sem fonte de alimento, ela vai morrer por desnutrição. Usando o repelente, também estamos combatendo de certa forma o mosquito e evitamos ficar doente”, salienta a professora.
No caso da citronela, as folhas são picadas em pedaços pequenos, que são imersos em álcool de cereais durante aproximadamente 15 dias. Depois o produto é coado e o óleo corporal é misturado na composição. Para o repelente a base de cravo da índia, os passos são os mesmos, basta trocar a citronela pelo cravo. “O álcool retira a essência da citronela e óleo corporal ajuda a hidratar a pele”, esclarece a idealizadora do projeto.
A atividade proporciona aos estudantes a oportunidade de conhecer a citronela e o cravo da índia, suas propriedades e formas de utilização. Além disso, desperta a curiosidade das crianças e dos adolescentes. Cada um dos 200 estudantes receberá um frasco de 30 ml do repelente produzido por eles. “Levei mudas de citronela para minha mãe. Ela já plantou três mudas em casa. É importante combater o Aedes, porque ele provoca doenças que são perigosas e podem até matar. A iniciativa de fazer repelentes faz bem e é legal ao mesmo tempo”, declara o aluno Guilherme Girotto, 11 anos.

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