M. no ventilador
A divulgação integral da delação premiada do senador Delcídio Amaral, feita ontem pelo STF, foi como jogar m... no ventilador. Sobrou para todo mundo. Não escapou ninguém e Brasília viveu uma terça-feira das mais tensas da política nacional dos últimos tempos. A avalanche de informações, muitas desencontradas, deixou atordoados pobres mortais que tentaram acompanhar a quilômetros de distância o que se passava no centro do Poder. Dólar sobe, bolsa cai, Lula assume, não assume mais. Mercadante nega, Dilma se irrita e assim seguiu o dia. Enquanto o país assiste a uma crise política sem controle, fica à mercê de soluções de outra crise: a econômica. Dela resultam mais de 8 milhões de desempregados e uma estagnação a beira de não ter precedentes.
Objeto
A delação do senador Delcídio deu munição legal para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Se for comprovado que a presidente tentou obstruir as investigações da Lava Jato, com suposta compra do silêncio do senador, via ministro Aloisio Mercadante, fica caracterizado o crime de responsabilidade, como consta do artigo 85 da Constituição Federal. O crime estaria em tentar intervir em outro Poder.
PSB reforçado
Conforme antecipado pela coluna, Gleison Consalter deixou o do PT. Ontem mesmo ele, e o vereador Renato Tiecher, que deixou o Solidariedade se filiaram ao PSB. Com isso, os socialistas passam a integrar o rol de grandes bancadas na Câmara de Vereadores. Ganha a administração que passa a contar com mais dois votos.
Grando
O vereador Alberi Grando não vai deixar o PDT. Anunciará oficialmente a decisão na sexta-feira. Levou em consideração sua história partidária e o compromisso que tem em auxiliar o partido neste momento.
Greve?
Os servidores municipais ameaçam com greve se o Executivo não aceitar a proposta de reajuste salarial. A prefeitura ofereceu 11% em três parcelas. O Simpasso pede 12%. Diante da conjuntura o movimento não tem outra explicação a não ser a intenção de provocar desgaste político.