Católicos de todo mundo estão vivendo, desde o último domingo, a semana de maior importância para a crença e de maior intensidade da fé e devoção: a Semana Santa, que iniciou com o Domingo de Ramos, relembrado no dia 20, se encerra na Páscoa, comemorada no próximo domingo, 27,e celebra a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, centro da ação da Igreja Católica. A data é marcada por celebrações diárias e envolve a os sacerdotes e a comunidade em diferentes atividades voltadas para a reflexão e posterior conversão.
Celebração do novo
Segundo a Igreja, a celebração da Páscoa tem por objetivo celebrar uma mudança de vida ou, também, a instituição de um novo modo de pensar e uma renovação de sentimentos. Para Dom Rodolfo, Arcebispo de Passo Fundo, a Semana Santa é o centro da vida cristã. “Este é o momento de celebrar o fato mais inusitado e inesperado da vida de Cristo que foi a ressurreição e é isso que constitui a Páscoa cristã”, inicia. “Este foi um fato tão inesperado que as pessoas próximas dele, na oportunidade, tiveram dificuldades em acreditar que Cristo havia ressuscitado. Então, a Páscoa é o momento de relembrar esse acontecimento que centra na passagem de Cristo para o Pai”, explica.
O Arcebispo acrescenta, ainda, que o Domingo de Páscoa está diretamente relacionado aos episódios anteriores a ele e celebrados durante a Semana Santa. “Entendemos a ressurreição ligada aos fatos anteriores, com avida dele. A Semana Santa, por exemplo, mostra a tomada de posição diante de Cristo; as pessoas se colocam a favor ou contra ao seu projeto. Então é uma semana marcada com gestos fortes. No Domingo de Ramos celebramos temos duas vozes que falam: a primeira diz “Bendito o que vem em nome do Senhor”; e, logo depois, a segunda voz pede a sua crucificação”, tem gente fora com ele, crucifica-o”, comenta o Arcebispo. Ele acrescenta, ainda, que a Quinta-feira Santa é um gesto radical de humildade, onde são instituídos a Eucaristia e o Sacerdócio e celebrado o Lava Pés. “Já a Sexta-feira Santa é o grande processo de condenação e morte de Cristo, onde se discute os porquês de crucificá-lo”, avalia.
Por fim, a Semana Santa se encerra com a Vigília Pascal, que acontece no Sábado Santo, ou sábado de Aleluia, onde os fiéis vivem a chamada Liturgia da Luz e a celebração da “noite santa da Páscoa” que é, para a Igreja, a celebração mais importante do ano. No Domingo, a Igreja realiza a chamada Liturgia da Ressurreição, como forma de lembrar o momento em que Jesus se apresenta ressuscitado aos discípulos e ao próprio povo. “Esse conjunto de fatos, que aconteceu em pouco tempo, concentra a missão de Cristo, a sinceridade e seriedade do seu projeto e da missão da sua vida”, conclui o Arcebispo.
