OPINIÃO

Coluna Celestino Meneghini

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De quem foi a idéia?
Nestas alturas dos acontecimentos seria interessante saber de quem foi a idéia de instalar o governo do PT no centro do sistema de corrupção do Brasil! Obviamente já havia corrupção estabelecida em pequena, média e larga escala. Os autores de favoritismos à custa do erário público, corruptos e corrompidos de todo o gênero, vinham de priscas eras republicanas e já tivemos um presidente cassado pego com a mão no pote. Dos anos de ditadura pouco se sabe oficialmente, mas foi a derrocada do sistema financeiro do país, com acumulação da dívida externa que já era considerada impagável. E foi neste período que nasceram grandes grupos brasileiros que deixaram rastro vivo ou morto. Muito se passou entre o ouro arrecadado e destinado sem transparência alguma em 64 e a construção de Transamazônica, sepultura de fortunas do dinheiro do povo. Havia impunidade absoluta em meio à caça de subversivos. Valia tudo, e tudo com o dinheiro do povo. Não saberia imaginar que tudo o que aconteceu poderia ser chamado de honestidade.

Impunidade
Não é possível entender como ex-ilustres cidadãos, alguns calejados pela perseguição política, após a eleição emblemática de um operário para governar o Brasil resolveram urdir o plano de erigir um império de poder manipulando recursos públicos. E mais, o governo petista assumiu o comando levando as esperanças de que tudo havia mudado. O grito da multidão humilde dizia que teríamos um país mais honesto e as pessoas simples não seriam mais humilhadas. Mas alguém resolveu tramar em nome da impunidade. Outras bandas podres de outros partidos que sempre estiveram envolvidos em corrupção foram logo incorporadas. Parecia que não haveria, jamais, a possibilidade de responsabilização por fraude, conquanto o dinheiro fosse do povo. Mentes cegas! A alucinação de um império de poder (e corrupção), com a repartição da culpa, desafiava a chama da dignidade nacional! A sensação de impunidade e a volúpia tornaram os escalões políticos escalada de verdugos do povo. E não foi pouco a pouco, foi muito a muito, que se verificou a dilapidação do patrimônio nacional.

O povo queria
Quando o povo se deparou com uma nova cara de políticos do PT deixou de lado algumas antipatias e resolveu livrar-se de surradas falácias de palanque. Confiou numa proposta que daria certo. E nos primeiros anos de governo os brasileiros davam um passo enorme rumo à transformação. Desde o plano de erradicação da fome, até o incentivo ao emprego, habitações e faculdades públicas, começava a era da transfiguração, com oportunidades.

Fome de poder
Mas, para os caciques a oportunidade foi maior, semelhante à era imperial romana, onde “quod licet Iovi, non licet bovi” (o que é permitido aos deuses não é permitido aos bois). E eram deuses de diversos matizes, entre petebistas, tucanos e sempre os onipresentes no poder, do PMBD.

Impeachment
Quando tantas questões de relevância nacional estão em jogo, inclusive a possibilidade de impeachment de Dilma, como aconteceu com Lugo, no Paraguai, parece cordata a decisão do ministro Teori Zavaski. Ele reduz os holofotes sobre o juiz Moro, de quem não se espera fosforescência como quer e Globo. Moro deverá enviar explicações sobre a liberação de escuta com a presidente Dilma, que tem foro privilegiado. O freio pode melhorar a eficiência do magistrado!

Zelotes
Para a grande imprensa as fraudes bilionárias denunciadas na Operação Zelotes pouco significam. Como se vê, a mídia não deve julgar ou ficar rogando a prisão exclusivamente de Lula, como tem insistido. Deixe o judiciário fazer isso. A imprensa divulga, sem privilégio ou ódio, de preferência!
Obama
O presidente dos Estados Unidos ameniza o rumo extremista apregoado pelo candidato republicano. Em Cuba, sem cometer atrevimento diz que não é preciso temer a democracia. Parece simples, mas isso em Cuba é histórico.

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