OPINIÃO

Fatos 25.26.27-03-2016

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Vereador é condenado

A decisão é de primeiro grau e cabe recurso. Portanto, não é definitiva. O juiz Rafael Echevarria Borba, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Passo Fundo, proferiu sentença condenatória contra o vereador Márcio Tássi, PTB. Ele foi condenado a cinco anos de prisão, perda do mandato de vereador e afastamento das funções como policial rodoviário federal. O que pesa contra o vereador: delito de tráfico de influência. Segundo denúncia feita pelo Ministério Público Estadual, no ano de 2003, uma vez, e no ano de 2005, duas vezes, em datas não precisadas nos autos, “Tassi solicitou, exigiu e cobrou vantagem, para si, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função, qual seja, a obtenção de licença junto à Prefeitura de Passo Fundo para a realização de eventos automobilísticos denominados “provas de arrancada para carros”.” Foram ouvidas várias testemunhas e uma delas, a que realizava os eventos chamados arrancandações denunciou que o vereador cobrava para facilitar as licenças. No entanto, foram ligações telefônicas, autorizadas pela Justiça que determinaram as provas contra o vereador.

A denúncia

De acordo com o processo, em 2003, o denunciado cobrou 10% do valor arrecadado na bilheteria e 20% do valor arrecadado na copa, referentes ao evento. Recebeu em torno de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Em 2005, por duas vezes, o denunciado exigiu a vantagem pecuniária, consistente em 15% do valor da bilheteria e 30% do valor do lucro líquido da copa. Com relação ao primeiro evento de 2005, o valor total exigido e recebido pelo denunciado foi de aproximadamente R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Quanto ao segundo evento, foi de aproximadamente R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais). A atribuição para a concessão das licenças para as “provas de arrancada” era do Secretário Municipal dos Serviços Urbanos a época.  

Contraponto

A colunista tentou contato com o vereador por telefone, mas não obteve retorno. No entanto, conforme consta do processo, o vereador negou a autoria dos fatos. “Esclareceu que sua plataforma política sempre foi no sentido de promover eventos no autódromo, pistas de arrancada etc... e que apenas incentivava o esporte, por interesse pessoal. Relatou ter sua reputação manchada em vista da denúncia, aduzindo inexistir prova nos autos que confirmasse a prática do fato”.

Barulho

Impossível não comentar este tema. Mobilização popular consegue mudar o horário e trajeto da Procissão mais tradicional de Passo Fundo, a de São Cristóvão. Que ações estão sendo feitas com efeito prático para acabar com o barulho de baderneiros na General Neto, todas as noites de segunda a segunda-feira? Sim, porque barulho por barulho, fico com as buzinas dos caminhões uma vez por ano a ter que aguentar noite à dentro badernas sem fim. Dois pesos e duas medidas?

Rápidas

  • Ponto para os vereadores de Passo Fundo que, neste momento difícil para a sociedade, decidiram congelar o reajuste de seus subsídios. Em tempos de crise, tudo ajuda.
  • É o fim da picada: amizades sendo desfeitas por conta de paixões ideológicas que não nos levam a lugar algum.  

 

 

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