Município não coleta mais amostras de larvas de mosquito

Medida é baseada em uma nova normativa do Ministério da Saúde e está sendo acatada em Passo Fundo desde a semana passada

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Desde a semana passada, o Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde de Passo Fundo não trabalha mais com dados estatísticos de número de focosDesde a semana passada, o Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde de Passo Fundo não trabalha mais com dados estatísticos de número de focos
Desde a semana passada, o Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde de Passo Fundo não trabalha mais com dados estatísticos de número de focos
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O foco do combate ao mosquito Aedes aegypti, a partir de agora, não é mais na identificação, mas na eliminação de qualquer criadouro com larvas, independente da espécie. Desde a semana passada, o Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde de Passo Fundo não trabalha mais com dados estatísticos de número de focos, mas na eliminação de qualquer possível criadouro e na conscientização da população para que cumpra com o seu papel de agente fiscalizador.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde, Ivânia Silvestrin, a normativa de trabalho de controle do mosquito do Ministério da Saúde foi emitida na semana passada, dia 22 de março. “Não estamos mais coletando amostras de larvas e mosquitos para enviar ao laboratório para identificar se é ou não Aedes, porque todos os municípios infestados terão a presença do vetor”, revela Ivânia.
Todos os criadouros e recipientes que conterem larvas serão considerados como Aedes aegypti positivo. “O combate só muda em relação a coleta de amostras, o restante das ações continuam as mesmas. Continua o tratamento com larvicida dos reservatórios e criadouros que têm a presença das larvas e não podem ser eliminados, bem como a pulverização quando necessária. Não adianta mais a população nos deixar larvas e mosquitos, porque os laboratórios não recebem mais”, esclarece a coordenadora do Núcleo.
O trabalho do Núcleo de Vigilância em Saúde será focado principalmente na eliminação e controle das larvas e mosquito e na conscientização dos moradores para que ajudem no combate. “Passo Fundo tem Aedes em praticamente todos os bairros. O nosso trabalho agora será conscientizar a população e na eliminação do mosquito”, destaca Ivânia.
Na opinião da coordenadora do Núcleo, a nova normativa prejudica, em partes, na questão do planejamento das ações de controle. “Não considero muito positiva para o controle do Aedes no município, porque antes tínhamos como prever quais os bairros com mais problemas e onde tínhamos que intensificar as atividades de controle. Hoje, sem o número de focos, perdemos um pouco o parâmetro, perdemos em dados estatísticos para elaborar planos e metas para o controle”, observa.
Os levantamentos foram suspensos temporariamente pelo Ministério da Saúde. “Aguardamos novas normatizações do Ministério da Saúde para termos um novo parâmetro. O levantamento de índice de infestação era para ter sido feito em março, mas não aconteceu devido a grande epidemia”, comenta Ivânia.

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