Tomando como base o número crescente de policiais do Corpo Voluntário de Militares Estaduais Inativos (CVMI) que buscam retornar ao trabalho depois da aposentaria, foi desenvolvido um estudo inédito no Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade de Passo Fundo (PPGEH/FEFF/UPF). A defesa da dissertação, intitulada “O policial militar aposentado e o retorno ao trabalho institucional”, do mestrando Régis Brum Nunes, orientada pela professora Dra. Cleide Fátima Moretto, ocorreu nesta semana, 28 de março.
No estado do Rio Grande do Sul, o retorno de policiais militares aposentados ao trabalho institucional costuma ser recorrente, ainda que aposentadoria seja tida como fonte de desejo de muitos desses profissionais, em razão do trabalho árduo e o risco a que são submetidos durante anos. A Lei estadual nº 10.297, de 16 de novembro de 1994, criou o Corpo Voluntário de Militares Estaduais Inativos (CVMI). O CVMI caracteriza-se por um grupo de policiais militares aposentados por tempo de serviço, que retornaram às atividades institucionais de forma voluntária, após a obtenção da aposentadoria.
O estudo envolveu uma pesquisa censitária com 109 policiais militares do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Planalto (CRPO Planalto), com sede em Passo Fundo (RS), pertencentes ao CVMI da Brigada Militar, residentes em 32 municípios de sua abrangência. Além da análise sobre os motivos, o estudo trata da questão da preparação para a aposentadoria e da percepção de saúde dos entrevistados. A identificação com a profissão (farda) resultou como um motivo forte para o retorno, juntamente com o sentimento de utilidade. O estudo traz importantes informações e sugestões para a corporação no que diz respeito à preparação para a aposentadoria.
Fizeram parte da banca, além da orientadora, os professores Dra. Teresinha Bastos Scorsato e Dra. Marilene Rodrigues Portella da UPF e Dr. Jandir Pauli, da Faculdade Meridional (Imed). Também prestigiaram o momento o comandante do CRPO Planalto, tenente coronel Fernando Carlos Bicca, e demais representantes da corporação.
Estudo inédito analisa os motivos que levam o policial militar aposentado retornar à corporação
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