Com a ocorrência antecipada de casos da doença no Rio Grande do Sul, a busca pela vacina que protege contra a gripe A aumentou mais de 200% nas clínicas particulares de Passo Fundo. Os valores cobrados variam entre R$ 90,00 e R$ 120,00 e nem todos os tipos da vacina estão disponíveis. A Vacina contra a influenza é manufaturada com os vírus que mais circularam na temporada anterior. De acordo com o médico-pediatra da Oficina de Vacinas, Francisco Bittencourt, a vacina Trivalente, mesma que será disponibilizada pelo SUS, protege contra os vírus A (H1N1), A (H3N2) e Influenza B (subtipo Brisbane). “A pessoa só não vai estar protegida contra o segundo vírus B, que é menos agressivo ao ser humano, mas que circula tanto quanto A”, explica. Já a Tetra ou Quadrivalente protege contra quatro tipos de vírus: A (H1N1), A (H3N2) e 2 vírus Influenza B (subtipos Brisbane e Phuket). Esta última está em falta nas clínicas particulares.
Efeito
O organismo começa a adquirir imunidade duas semanas após a vacina. De acordo com Bittencourt, o nível de anticorpos atinge o grau mais alto no sexto mês depois da vacinação. “Estabiliza por alguns meses e começa a declinar. Por isso a vacina é feita anualmente”, explica.
Casos
Foi confirmada nessa quarta-feira (06) mais uma morte em decorrência da gripe A, causada pelo vírus H1N1, no Estado. A vítima é um homem de 64 anos, que residia em Flores da Cunha, e estava em tratamento em Caxias do Sul. A confirmação da contaminação pelo vírus foi feita pelo Laboratório Central do Estado. Na semana passada, foram confirmados os dois primeiros óbitos do ano por Influenza A (H1N1) no Rio Grande do Sul. Os casos são de Porto Alegre, com idades de 7 e 35 anos, do sexo masculino. Uma das medidas tomadas pela Secretaria da Saúde (SES) foi a antecipação do início da campanha de vacinação para o dia 25 de abril, prevista para começar no dia 30.