Aumentam os casos suspeitos de gripe em presídio

Direção deve decidir hoje à tarde se libera visita de familiares dos detentos

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Presos são monitorados por profissionais da saúdePresos são monitorados por profissionais da saúde
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O número de presos encaminhado para atendimento médico e exames com suspeitas de gripe, teve um acréscimo de 55 novos casos ontem. Desde a semana passada, quando a direção do Presídio Regional de Passo Fundo passou a suspeitar de um possível surto de gripe na casa prisional, 125 detentos já passaram pelos testes.
O grupo atendido ontem está alojado na galeria B, onde ficam presos isolados dos demais, no sistema chamado de 'seguro de vida'. De acordo com o diretor, Renato Garlet, os casos naquela ala foram identificados por volta das 10h de ontem. “Até sexta-feira a situação na galeria estava tranquila. Hoje (ontem), agentes fizeram um levantamento e 55 deles se queixaram de gripe” explicou.

Em razão da quantidade de novos casos, a direção resolveu mudar a estratégia. Ao contrário da semana passada, quando os presos eram levados aos hospitais Municipal e da Cidade, o atendimento passou a ser feito no próprio presídio. A Secretária Municipal da Saúde disponibilizou um médico e dois enfermeiros para realizar o trabalho. O material coletado será enviado para Porto Alegre. Os resultados dos testes, que apontarão se os casos são de gripe comum ou Influenza, devem ficar prontos entre 7 a dez dias.
Com uma população carcerária de 687 presos (números divulgados ontem), e uma estrutura para abrigar apenas 307 deles, a direção comentou sobre a dificuldade em isolar os apenados que apresentaram sintomas de gripe dos demais. “Consegui isolar apenas cinco porque uma cela estava sendo reformada e não havia ninguém lá. Mas é praticamente impossível” observa.
A falta de estrutura não é a única dificuldade, diz o diretor. “Abrigar no mesmo espaço detentos da galeria B com presos da A e C, é colocar em confronto apenados rivais. Esta medida está totalmente descartada” observa. Segundo ele, os funcionários do presídio ainda não receberam a vacina.
Visitas
Uma das primeiras medidas preventivas adotadas pela direção, assim que as suspeitas surgiram, foi o cancelamento das visitas de familiares no presídio. A decisão começou a ser cumprida já na última sexta-feira, justamente para os presos da galeria B, e prosseguiu durante o final de semana para os demais. Mesmo sem ter acesso à casa prisional, as sacolas com alimentos e roupas levadas pelos visitantes foram entregues aos presos. Cautelosa, a direção deve decidir hoje à tarde se libera ou não as visitas para quarta-feira. “Vamos aguardar a conclusão destes atendimentos. Ouvir o que o médico tem para nos dizer, para depois decidirmos” diz Garlet.

 

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