Quatro casos de gripe H1N1 foram confirmados no Presídio Regional de Passo Fundo. O número representa que todos os exames feitos em apenados deram positivo para o vírus. A informação foi confirmada pela 4ª Delegacia Penitenciária Regional no início da noite de quinta-feira (14). “Existe o risco de uma epidemia. Entendemos que esse número [de casos positivos] deve aumentar ainda mais”, afirma o delegado Rosalvaro Portella. Só nesta semana, 162 presos apresentaram sintomas e foram encaminhados para atendimento médico. Outros 119 que não quiseram fazer a vacina serão obrigados a fazer a vacinação. Segundo a direção do presídio, os quatro presos diagnosticados com a gripe não foram isolados devido à superlotação. Eles apresentaram melhora de saúde após o início do tratamento.
A direção do presídio tomou medidas para conter os casos. As visitas foram suspensas pelo menos até o dia 22. As audiências e transferências estão canceladas. Mesmo a entrada de novos presos será avaliada. “Pedimos o entendimento dos familiares para que, neste momento, tenham essa sensibilidade e entender as condutas da casa prisional para evitarmos uma proliferação”, pede Portella.
No Instituto Penal, os 223 apenados no regime semiaberto e outros 90 monitorados, não apresentaram sintomas da gripe, mas mesmo assim recebem tratamento preventivo. Na quarta-feira (13), 580 apenados e 60 servidores do Presídio Regional de Passo Fundo receberam a dose da vacina contra a gripe. 119 detentos não desejaram fazer a vacina e assinaram termo de responsabilização. Mil doses vieram na terça-feira (12).
“Eles [os apenados] tomaram as vacinas ontem (13), mas alguns não quiseram. Hoje, falamos com eles novamente para explicar a situação. Já disponibilizamos as vacinas, e, quem não fez ainda, poderá fazer amanhã (15) de manhã. Temos também o tratamento do tamiflu para todos os 700 apenados”, pontuou o diretor do presídio, Renato Garlet. Os agentes da Susepe que trabalham no presídio não apresentaram sintomas. Não há expectativa para realização de novos exames.
