Professores do município se reuniram com o Executivo na quinta-feira (14) e suspenderam a vigília realizada em frente à prefeitura, após quase duas semanas acampados no Paço Municipal. Diretores do Centro Municipal de Professores Adriana Nadal, Eduardo Albuquerque, Marta Borba e Regina Costa dos Santos, o prefeito Luciano Azevedo e o Secretário de Educação, Edmilson Brandão, estiveram presentes. No encontro houve cobrança dos itens que fazem parte da discussão dos professores municipais. O prefeito externou as dificuldades do município e seu comprometimento no que diz respeito ao seu endividamento. Também foi levantada por parte do prefeito a questão da crise em que o país se encontra e seus reflexos no âmbito municipal.
Os dirigentes do CMP argumentaram sobre a necessidade de avanços na carreira do magistério e que comprometimentos com a folha de pagamento ou dificuldades momentâneas do país não podem servir de desculpas, já que não são os professores os responsáveis pela crise nacional. “Nosso movimento de vigília surtiu um dos efeitos desejados. O Executivo se comprometeu em iniciar as negociações já no mês de maio com o estabelecimento de uma agenda. Achamos isso positivo e contamos com todas as entidades que estão evolvidas com o magistério municipal para que tenhamos avanços para a categoria. Quero registrar que continua o abaixo assinado em prol da qualidade da educação municipal”, pontuou o diretor de comunicação do CMP, Eduardo Albuquerque.
O prefeito Luciano Azevedo afirmou que no mês de maio será lançado um cronograma para a montagem da comissãoque discutirá o plano de carreira dos professores municipais e onde a maioria dos itens da pauta de reivindicações apresentada pelo CMP será debatida. A organização deve reunir pessoas e entidades ligadas ao ensino para discutir essas questões.
As atividades realizadas no Paço Municipal, em frente à prefeitura, estão suspensas ao menos até o mês de maio, quando o Executivo deve sinalizar a criação da comissão. A coleta de assinaturas no Abaixo-assinado em defesa da escola pública de qualidade e da pauta de reivindicações do magistério municipal segue durante as próximas semanas.
Participação da categoria
Enquanto os dirigentes do CMP Sindicato realizavam a Vigília pela educação, acampados na prefeitura, os demais educadores participaram das mobilizações realizando atos simbólicos. O Abraço à Escola Pública mobilizou milhares de alunos e professores, nas comunidades dos bairros, para abraçar a escola pública pedindo mais atenção do governo municipal para as suas segundas casas.
“Queremos agradecer a todos os colegas que nos apoiaram na Vigília pela Educação, pois trouxe um resultado positivo, uma vez que finalmente teremos um cronograma de negociação com o Executivo. Além de ter chamado a atenção da comunidade para a problemática da educação”, elucida a diretora de formação do Centro Municipal de Professores, Regina Costa dos Santos.
