Minuano demite cerca de 300 funcionários em Passo Fundo

Anúncio foi feito na manhã de hoje. Unidade prestava serviços à JBS e abatia entre 70 mil e 80 mil aves por dia

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Expectativa dos trabalhadores demitidos é pela retomada das atividadesExpectativa dos trabalhadores demitidos é pela retomada das atividades
Expectativa dos trabalhadores demitidos é pela retomada das atividades
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A queda nas exportações e a não renovação do contrato com a JBS determinaram a demissão de 300 funcionários da unidade de abatimento de aves da Minuano em Passo Fundo. Conforme dados do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimentícia a possibilidade já era questionada desde a última semana, mas não havia nenhuma confirmação por parte da empresa. A empresa, no entanto, não deve fechar a unidade e as operações podem ser retomadas. O presidente do sindicato, Miguel dos Santos, destaca que ainda na sexta-feira (29/04) tentou entrar em contato com representantes da empresa, que agendaram uma reunião para esta manhã. “Na sexta-feira eles mandaram que todos os trabalhadores fizessem o exame periódico, o que levantou a suspeita, mas os representantes da empresa não puderam afirmar nada. Ligamos para Lajeado e eles agendaram reunião para esta manhã (de segunda-feira)”, explica.
Apenas foram mantidos responsáveis pela manutenção da unidade e do setor de recursos humanos, para atender quem tiver necessidade. Conforme Santos a empresa não descartou a possibilidade de retomada das atividades, porém sem previsão. O Sindicato deverá acompanhar as rescisões caso a caso. Na Unidade, eram abatidas diariamente entre 70 mil e 80 mil aves. A empresa mantinha convênio com a JBS que não teria renovado o contrato de prestação de serviço.

Reunião
Representantes da empresa Minuano se reuniram com o presidente da Câmara de Vereadores, Marcio Patussi (PDT) e com vice-presidente, Marcos da Silva (PSDB), oportunidade em que entregaram um documento informando a suspensão das atividades do frigorífico em Passo Fundo e a demissão dos funcionários. A diretora presidente da Minuano, Margareth Hermann, explicou que a empresa prestava serviço de abate para a JBS a qual optou por não renovar o contrato que venceu em abril, obrigando a Minuano a suspender os trabalhos. A JBS alega que houve queda nas exportações, levando ao fechamento de algumas plantas no Brasil.
O engenheiro em Segurança do Trabalho, Marcio André Ludtke, lembrou que a empresa buscou outras parcerias para manter a operação, mas não obteve sucesso, já que o mercado avícola está passando por dificuldades. Quanto as demissões, o gerente jurídico Juliano Rheingantz, informou que todos os direitos trabalhistas dos funcionários foram assegurados e a intenção é continuar buscando novos parceiros para em breve retomar os trabalhos.
O presidente do legislativo lamentou o fato “a notícia é triste, lamentamos a situação pela qual passa o setor avícola e nos colocamos à disposição, enquanto Casa legislativa, para auxiliar no que nos for possível. Esperamos que em breve o quadro seja revertido”, salientou Patussi.

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