De todos os melhoramentos que se imagine para uma cidade, o fundamental é e sempre será a estrutura de saneamento. Nem desejamos dizer, com isso, que não sejam importantes as obras de embelezamento de logradouros. Hoje contemplamos obras em estágio de finalização que produzem imagem confortante e benéfica para os habitantes de Passo Fundo, na Gare, Banhado da Vergueiro e espaços de domínio público. As ciclovias e a fiscalização ambiental para o recolhimento de tele entulho e preservação dos containeres seletivo do lixo são ações governamentais do município que elevam o conceito da convivência. E educam! Entendemos que o bom visual e a ocupação competente dos espaços comunitários e ruas são indutores à consciência ambiental. Este viés é importante, uma vez que o bom trato das coisas de uso comum reforça a índole positiva das pessoas, no sentido de melhorar e preservar. Uma praça bem cuidada difunde valores, coisa tão necessária num momento de apreensão. O que desejamos afirmar: as questões ambientais são demarcadas não apenas pelas grandes obras, mas só poderão vingar se isso tudo possa fazer parte da formação de uma cultura. Espera-se um crescimento conceitual de cultura e meio ambiente, graças a belas obras públicas integradas ao pensamento incutido nas etapas do projeto Capital Nacional da Literatura.
Responsabilidade
A imprensa desperta (demorou) para o sentido de responsabilidade social ligado ao empreendedorismo, visando o mercado de consumo. Vêem-se peças apreciáveis na moda que lança produção de casacos ou jaquetas com uso de lonas (encerado) descartadas no transporte de carga. O tecido é cobiçado por pessoas que valorizam a história da peça, com uso de material que circulou milhares que quilômetros. Em nossa cidade temos um dos mais edificantes exemplos de sustentabilidade, no aproveitamento de caixas de leite descartáveis, na melhoria de habitações. Idéia mobilizada pela empresária Maria Luisa Camozzato.
República do bode
A política nacional apresenta-se toldada de maus odores. Acontece que cada compartimento que é aberto ali está o bode soberano que exala cheiro forte de corrupção. Resta a única saída que é removê-lo! Os órgãos policiais e fiscalizadores estão remexendo tudo. O resto é conversa, não temos outra opção!
Janot
O ministro Rodrigo Janot está fazendo a acusação. É compreensível que, diante de tantas insinuações, tenha adotado maior rigor. Adotou ao pé da letra a missão de versar sobre as provas possíveis, indícios de materialidade, dentro do princípio “pro societate”, ou seja, prevalece a defesa da sociedade, a acusação ou investigação não significa necessariamente prova cabal, já que a discussão vai para definição judicial. Nesta etapa surge o princípio de ordem processual criminal “in dubio pro reo” – a dúvida favorece o réu.
Temer
Uma vez aprovado o impeachment em curso, Temer assume a presidência. Está falando muitas coisas. É extremamente hábil. Já admite até o parlamentarismo, para 2018.
Envolvidos
Não se sabe o que pensará o Supremo sobre a declaração de Temer inclinado a nomear ministro, ainda que investigado na Lava Jato. Jucá, Henrique Alves e outros envolvidos poderão ser nomeados. Ainda que seus aliados continuem impugnando a nomeação de Lula pela presidente Dilma.
Tapa-buraco
Não tem jeito. Estamos numa operação de política para resolver a tomada de rumo da gestão nacional. Esta depende de processos de investigação e decisões judiciais. Não esperemos alguma solução brilhante. Na estrada do Brasil conseguiremos, no máximo, uma operação tapa-buraco!
Ética humanitária
Uma expressão italiana “persiero no paga gabela” – pensar não paga imposto, não é o caso do desequilíbrio Bonsonaro. Seu estado de obnubilação ultraja a ética humanitária ao apoiar a memória de torturador. A liberdade diz que pode pensar assim. O que não pode é fazer a apologia da violência, como parece acontecer em seus gestos e pronunciamentos na tribuna. Pensar é uma coisa, falar é outra!