Simbolismos
Atrás de ações e imagens existem símbolos e mensagens. Portanto, uma intenção. É a tal da semiótica que, para quem não está familiarizado, é a ciência que analisa todos os sistemas de comunicação numa sociedade. Como me visto, como me comporto, com quem ando, como falo, etc, etc. São formas de comunicação. A mudança no comando da Nação (não inauguro esta análise, porque ela está amplamente sendo feita) veio recheada destes símbolos que saltam aos olhos. Começamos pela mesa dos ministros do Palácio do Planalto (imagem feita na sexta-feira pela manhã): todos homens, todos usando terno escuro, todos brancos. A mesma imagem já havia sido analisada no ato de posse dos ministros. Na despedida da presidente afastada Dilma Rousseff (A ZH publicou esta avaliação) ela vestia branco, não vermelho como costuma, estava cercada de mulheres e homens. Havia ali uma intenção de comunicar algo. Não há só uma mudança na forma de gestão do governo. Há uma mudança de comportamento social. Cedo para afirmar? Os símbolos por traz do momento histórico que o país vive são muito claros e a comprovação não será tardia. Mas tudo isso, repito, é a história viva sendo produzida.
Clareza
O congelamento dos salários dos vereadores, prefeito e vice-prefeito refere-se apenas ao valor tido como base. A reposição a estes subsídios é dada todos os anos, via índices que medem a evolução inflacionária. Só não é concedida, quando os agentes públicos abrem mão de não recebê-los.
Incoerência
Um dos erros de Dilma, nestes últimos meses, foi ter tentado nomear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil e que acabou num imbróglio jurídico que agora se dissolve com o afastamento dela. Mas, se o argumento era de que Lula tentava garantir foro privilegiado, para ele fugir das garras do juiz Sérgio Moro, o mesmo deve valer para os atuais ministros de Temer que também garantem foro privilegiado por estarem investigados na mesma operação.
Nos pagos
O Prefeito Luciano Azevedo, PSB, vai realizar uma série de reuniões com os partidos que integram a base do governo. A ideia é ouvir a todos para, só depois, se posicionar sobre uma possível candidatura a reeleição. Os encontros devem ser individuais e serão realizados nas próximas semanas. A primeira reunião acontecer na segunda-feira(16) com o PRB, partido ligado à Igreja Universal.
