Alunos ocupam escola em Passo Fundo

Ocupação que pede melhoria nas escolas e apoia a greve dos professores estaduais não tem prazo para terminar

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“Escola ocupada”: diz o cartaz fixado no portão de entrada da Escola Estadual de Ensino Médio Professora Eulina Braga, no bairro Petrópolis. Ela foi a primeira de Passo Fundo e a sétima no Estado a ser ocupada por alunos. O ato, que começou às 9h de hoje (16), busca melhorias na instituição e apoia a greve dos professores estaduais, que ocorre em todo o Rio Grande do Sul. Cerca de 20 alunos permaneciam na escola durante a tarde e se organizavam para permanecer no local durante a noite. A ideia da organização é que sejam feitas aulas públicas e atividades na escola durante o período de ocupação, que não tem prazo para terminar. Além de Passo Fundo, Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas e Ijuí também registram a ocupação de escolas.
Segundo o presidente do Grêmio Estudantil, Leonardo Menezes, de 16 anos, a escola tem problemas estruturais, que vão desde rachaduras nas paredes, goteiras e mesmo o muro que “tá caindo”. A merenda também é uma reclamação. “O que a gente recebe de verba para a merenda por aluno é R$ 0,30. Com isso, hoje, tu não compra uma bala”, reclama ele. A escola funciona nos três turnos, tem cerca de 400 alunos e 45 pessoas na administração, entre funcionários e professores.
Na semana passada, os problemas da escola foram levados ao coordenador da 7ª Coordenadoria Regional de Educação, Santos Olavo Misturini, de quem os alunos esperam uma atitude. “É só ele marcar um compromisso de que vai fazer alguma coisa, que nós desocupamos a escola. Caso contrário, não vamos desocupar. E se ele vir aqui e disser, mas não fizer, nós vamos ocupar de novo”, afirma o presidente do Grêmio Estudantil. Além disso, os alunos apoiam a greve dos professores. “Neste momento, nós vamos lutar, sim, o tempo que for preciso para defender a escola e a educação pública”.
O coordenador regional de Educação afirma não ter recebido convite para ir à escola. “Ninguém me convidou e não recebi comunicado nenhum. Então, eu não vou lá de oferecido”, diz Santos Olavo Misturini. “Entendemos que é um direito deles [os alunos] e vamos ver o que eles estão pedindo”. Santos confirma a reunião com a escola. “Eles me entregaram um ofício reivindicando a visita de um engenheiro civil e nós já encaminhamos o pedido”, explica.

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