Atraso na devolução pode gerar multa

Na última semana, duas bicicletas compartilhadas foram furtadas e outras cinco abandonadas em bairros da cidade

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Implantado ainda no começo do mês em Passo Fundo, o programa Bicicletas Compartilhadas já conta com cinco estações por toda cidade. Os veículos são disponibilizados gratuitamente aos mais de 5.300 usuários cadastrados, conforme dados da Prefeitura. No último final de semana, no entanto, algumas bicicletas foram parar na Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) após recuperação da Brigada Militar: duas delas foram furtadas e outras cinco abandonadas em diferentes bairros da cidade. Conforme a empresa Mobhis, atual prestadora do serviço, esta situação já é esperada no andamento do programa. “Em todas as cidades que operamos vimos atitudes como estas. É algo histórico e, assim como em outros lugares, logo deve se normalizar”, aponta o diretor Maurício Sena. Ainda assim, a empresa salienta que todas as bicicletas disponibilizadas pelo programa possuem equipamentos de rastreamento e regras técnicas para serem cumpridas no momento da devolução, por exemplo. 

Neste último caso, em específico, Sena ressalta que os usuários do programa assumem responsabilidade em devolver o equipamento duas horas depois do momento em que fazem o cadastro. Como é necessária a utilização do CPF, se a bicicleta não é devolvida dentro das duas horas pré-estabelecidas, sua falta fica pendente no documento da pessoa que utiliza o serviço. Assim, ela fica impossibilitada de retirar outra bicicleta em seu nome, até segunda ordem. “Se passar de 24 horas sem a devolução, um boletim de ocorrência já é gerado dando o equipamento como furtado. Isso tudo fica na responsabilidade da pessoa que contratou o serviço. Para estes casos, a multa é de R$ 20”, explica.
Quanto a preocupação com o vandalismo, o secretário de esportes do município Gilberto Bellaver, se diz realista. “O vandalismo sempre vai existir. Se até hoje incendeiam os contêineres, que estão nas ruas há tanto tempo, estamos cientes da situação. Por este motivo uma empresa foi contratada para dar toda a assistência de reposição de peças, limpeza, manutenção: para que o serviço não seja prejudicado”. Segundo ele, a segunda etapa do programa deve ser concluída até o dia 27 deste mês. Outras cinco estações serão instaladas na cidade.


Orientação
Para evitar constrangimentos, a empresa orienta que os usuários tenham cuidado na hora de devolver as bicicletas. “Muitas vezes as pessoas não prestam atenção na hora do autoatendimento e não efetuam a entrega da forma correta. Primeiramente a pessoa precisa digitar seu cadastro e sua senha, aguardar o sinal e, só então, colocar a bicicleta na trave. Também é preciso esperar que o visor dê a confirmação 100% da devolução”, pontua Sena, que acrescenta que em muitos casos o usuário não age de má-fé, mas por falta de conhecimento do serviço. “Tentamos sempre entrar em contato antes de gerar o boletim de ocorrência, mas ás vezes o fato da bicicleta estar destravada pode fazer com que terceiros peguem o equipamento e não devolvam, deixando como infrator o primeiro usuário. Por isso é tão importante tomar cuidado”, ressalta.


Outras medidas de segurança deverão ser tomadas com a Prefeitura para evitar situações como estas. Uma delas é a exclusão temporária do usuário do programa, em casos de não devolução. “É um plano, vamos discutir mais para frente, ver se de fato é cabível”, afirma Sena. Para o secretário de esportes, a medida está sendo estudada e é uma oportunidade de conscientização para quem usufrui do serviço. “É um projeto que está em adaptação e, como qualquer outro, vai passar por fases de erros e acertos. Nesta hora, portanto, é essencial que o usuário tenha cuidado com os prazos”, salienta. Ainda que o cuidado seja necessário, Sena afirma que atrasos graves não são a maioria dentre os atendimentos. “Geralmente acontece algo no percurso e as pessoas devolvem depois de meia hora, uma hora no máximo, do período estimado para devolução. O que acontece é que alguns usuários se atrasam, se preocupam com a possibilidade de ser cobrado pelo preço inteiro da bicicleta e acabam abandonando em qualquer lugar. Não recomendamos que isso seja feito”, enfatiza.

Rastreamento e manutenção
O rastreamento das bicicletas é feito por um equipamento específico da empresa responsabilizada. Por enquanto, são apenas algumas estações que contam com o monitoramento de câmeras. “Nesta segunda fase pretendemos instalar em todos os pontos”, define Sena. No caso de manutenção das bicicletas e troca de equipamentos roubados, por exemplo, a responsabilidade é, única e exclusivamente, da empresa prestadora do serviço. O valor utilizado em cada uma, no entanto, não foi divulgado pela companhia. “Não temos como calcular apenas o preço da bicicleta em si, pois está incluído todo um contexto que envolve ações de tecnologia, software, gerenciamento, operação, treinamento, instalação e manutenção de equipamentos. É um conjunto de aplicações que compõe o custo do projeto. Por isso não explicitamos preços”, determina o diretor.

Para se cadastrar
Para participar do programa, é possível se cadastrar com duas opções: cadastro presencial ou pela internet. Para o cadastro presencial basta levar RG, CPF e comprovante de residência até a Rua Morom, 1.299 – sala 12. O cadastro online pode ser feito pelo site www.pmpf.rs.gov.br. Dúvidas e orientações podem ser obtidas pelo telefone (54) 3045-3591 ou pelo e-mail [email protected].

Estações em funcionamento

  • Avenida Brasil, próximo a Rua Cel. Miranda (Canteiro Miguel Moretti)
  • Avenida Brasil, próximo a Rua Capitão Araújo (Colégio Notre Dame)
  • Avenida Brasil com Rua Sete de Setembro (Praça do Teixeirinha)
  • Rua Morom (Praça Marechal Floriano)
  • Avenida Brasil com Diogo de Oliveira (Boqueirão Legal)
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