Estrutura cara
“O Brasil gasta mais do que países desenvolvidos na prestação jurídica. A despesa orçamentária da União com o Poder Judiciário Federal é de 2% a 3% da sua receita. Na França, em 1996, a justiça recebia 1,51%. Na Itália, 1,45%; na Alemanha, 1,85%, e nos Estados Unidos, 1,35%. Faço essa referência para mostrar que já gastamos quantia relativamente maior que países desenvolvidos com a prestação da justiça. Por isso, temos que repensar esse trabalho e esse gasto. Não podemos esperar que essa alteração se dê com a criação de uma estrutura, com novos cargos e prédios, porque já chegamos no limite. Não podemos pensar em aumentar a estrutura do Judiciário 20% todos os anos”. A reflexão foi feita terça-feira à noite pelo ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Ruy Rosado de Aguiar Júnior, na aula magna em comemoração aos 60 anos da Faculdade de Direito da UPF.
Corrupção
A corrupção sangra o país. Mas, ela não é um privilégio dos políticos. Quando uma pessoa tenta burlar um serviço de compartilhamento de bicicletas, não devolvendo o veículo na estação onde pegou ou na mais próxima, ela está comentando um tipo de corrupção. Da mesma forma, quando uma empresa constituída utiliza-se de mecanismos para receber ilicitamente dinheiro público, ela é tão corrupta quanto o maior político corrupto do país. A corrupção não é só uma questão cultural, é uma doença que precisa de remédio amargo.
A todo vapor
A campanha eleitoral começou. Quem ainda não se deu conta disso, basta stalkear os pré-candidatos nas redes sociais. Para os antigos, significa o mesmo que dar aquela bisbilhotada na vida alheia. Enquanto o prefeito Luciano Azevedo é carregado nos braços por alunos de uma escola, o ex-prefeito Osvaldo Gomes, retoma seu convívio nas redes sociais levando sempre uma mensagem de esperança e fé ao dar bom dia aos seus seguidores.
Veto
Através do Twitter, o governador José Ivo Sartori informou ontem que vai vetar os projetos de lei aprovados pela Assembleia e que concedem aumento a servidores do Judiciário e demais instituições. “Entendo que a reposição pretendida é justa, mas inoportuna. Não está em sintonia com a profunda crise que vivemos”. O impacto do reajuste de 8,13%, que agora está sendo reivindicado pelo magistério, será superior a R$ 150 milhões aos cofres públicos.