O mais recente Boletim Epidemiológico de Vigilância da Influenza, divulgado segunda-feira, pela Secretaria Estadual de Saúde, aponta Passo Fundo com maior número de casos fora da região metropolitana. Conforme o documento, realizado entre 21 a 28 de maio, o município registrou 15 casos e três mortes causadas pelo influenza A (H1N1). Em todo o Rio Grande do Sul, a Secretaria contabilizou 364 casos e 71 óbitos. A média da idade das vítimas do influenza foi de 51 anos, variando de 2 meses a 88 anos.
Para o secretário municipal de saúde, Luiz Arhur Filho, o dado do Boletim não está fora da perspectiva. Segundo ele, a precupação em Passo Fundo foi antecipar a vacinação dos chamados grupos de risco para evitar uma epidemia, a exemplo do que ocorreu em 2009. "Como tivemos os quatro casos confirmados no Presídio Regional, resolvemos iniciar a vacinação em 16 de abril, quase 10 dias antes em relação ao restante estado" afirmou.
Desde lá, foram vacinadas mais de 65 mil pessoas, incluídas no chamado grupo de risco. Outro fator que contribuiu para a confirmação de 15 casos, conforme o secretário, foi a quantidade de testes solicitados pelo município. "Este ano realizamos muitos exames. No resultado geral não estamos fora do padrão das demais cidades gaúchas. Nossas equipes estavam muito bem preparadas para realizarem o diagnóstico" observa.
A campanha de vacinação em Passo Fundo encerrou ontem à tarde, com a distribuição de aproximadamente mil doses para pessoas não incluídas no grupo de risco. No início da tarde, longas filas se formam em frente ao posto de saúde, no centro da cidade, e também em outros quatro cais nos bairros.
Governo do estado
Durante coletiva de imprensa para apresentação do boletim, na segunda-feira, o secretário estadual de saúde (SES), João Gabbardo dos Reis, disse que a campanha de vacinação alcançou uma cobertura de 90% da população estimada. "Faltando três semanas para o início do inverno, mais de um terço da população, os que formam os grupos mais vulneráveis, já está imunizada". Segundo ele, o trabalho em conjunto, entre SES, Ministério da Saúde e municípios, fez com que a vacinação transcorresse de forma tranquila. "Não houve crise nem desabastecimento de doses" avaliou.
Cidades do RS com maior número de casos e óbitos por H1N1
Porto Alegre – 108 casos – 12 óbitos
Canoas – 18 casos – 3 óbitos
Passo Fundo – 15 casos – 3 óbitos
Caxias do Sul – 14 casos – 3 óbitos