O Ato por todas elas – pelo fim da cultura do estupro, reuniu dezenas de pessoas no final da tarde de hoje, na Esquina Democrática (Avenida Brasil com a Bento Gonçalves), no centro de Passo Fundo. A manifestação, realizada em diversas cidades do país, foi desencadeada a partir do caso da jovem de 16 anos, vítima de um estupro coletivo, no Rio de Janeiro.
Segurando diversos cartazes, um deles com a frase “Meu corpo não é um convite”, a jovem Isabela Vieira, 15 anos, integrante do Frente Secundarista, um coletivo feminista voltado para o público do ensino médio, disse que o ato é uma forma de lutar pelos direitos das mulheres e demonstrar a revolta pelo caso do Rio.
Representante do coletivo Maria, vem com as outras, Thainá Battesini Teixeira, 24 anos, declarou que um dos motivos da manifestação é denunciar a cultura do estupro. “É importante se organizar para denunciar todo o tipo de machismo” afirma. Segunda ela, a intenção dos coletivos é consolidar o mês de junho como “Junho das mulheres”.
Professor de inglês, Andrei Heinsfeld, 26 anos, disse que as manifestação ocorreram em diversas cidades do Brasil, e que Passo Fundo não poderia ficar de fora. “Aqui temos um dos coletivos mais organizado e atuante do Rio Grande do Sul. A cidade tem de estar presente e se fazer ouvir” definiu.
Entoando diversos gritos de protestos, principalmente contra o deputado Jair Bolsonaro, os manifestantes estenderam uma grande faixa com a frase “Por todas elas”, e interromperam o acesso da rua Bento Gonçalves, na esquina com a avenida Brasil. Também distribuíram panfletos aos pedestres. O texto do material faz referência ao dia 26 de maio, 'marcado na história do movimento feminista do Brasil como uma grande tragédia'. Uma referência ao caso do Rio de Janeiro.