No período mais frio do ano é comum as pessoas passarem a se preocupar mais com a gripe e outros problemas respiratórios e descuidarem dos depósitos de água parada. Isso também é influenciado porque com as temperaturas mais baixas torna-se mais raro encontrar mosquitos adultos pela cidade. Esse cenário causa uma falsa sensação de tranquilidade que pode agravar a infestação de mosquitos Aedes aegypti e albopictus quando o calor retornar. A Secretaria Municipal de Saúde mantém o trabalho de conscientização e educação para os cuidados necessários.
De acordo com o secretário Luiz Artur Rosa Filho o desafio é as pessoas manterem as casas livres de recipientes e locais onde a água possa ficar acumulada. Os ovos dos mosquitos podem resistir por meses até o clima favorecer a eclosão e formação das larvas que se transformarão em mosquitos. “Estamos em uma fase em Passo Fundo na qual não podemos contar exclusivamente com o inverno para acabar com o mosquito”, reforça enfatizando a necessidade do cuidado da população.
O trabalho continua com a reorganização interna e trabalho de educação, especialmente em escolas. O objetivo é chegar a setembro com menos pontos para a proliferação do mosquito. “Caso contrário, novamente estaremos com larvas e mosquitos em Passo Fundo e colocando em risco toda comunidade”, alerta.
No Estado
Conforme o último boletim epidemiológico publicado pela Secretaria Estadual de Saúde, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS), até a Semana Epidemiológica (SE) 22, foram registrados 7.085 casos suspeitos de dengue, dos quais 1.822 foram confirmados. Dentre os confirmados, 349 são casos importados (contraídos fora do Estado) e 1.473 são autóctones (contraídos no RS). Os municípios que apresentam autoctonia são Canoas e Novo Hamburgo (1ª CRS), Porto Alegre, Viamão, Guaíba, Gravataí, Alvorada, Cachoeirinha e Barra do Ribeiro (2ª CRS), Espumoso e Passo Fundo (6ª CRS), Ibirubá, Selbach e Tupanciretã (9ª CRS), Santo Ângelo (12ª CRS), São Paulo das Missões, Horizontina, Santa Rosa, Três de Maio e Tuparendi (14ª CRS), Chapada, Boa Vista das Missões, Sarandi e Rondinha (15ª CRS), Augusto Pestana, Panambi, Condor e Ijuí (17ª CRS), Torres (18ª CRS) e Alpestre, Frederico Westphalen, Tiradentes do Sul e Vicente Dutra (19ª CRS).
Cuidados
Os cuidados seguem os mesmos: fechar caixas d’água, toneis e latões, limpar com escova os bebedouros de animais, guardar garrafas vazias de cabeça para baixo, guardar pneus velhos sob abrigo, manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises, não acumular água em vasos de plantas enchendo-os com areia, manter lixeiras bem fechadas e a água da piscina tratada o ano todo. Além disso, só retirar a água de recipientes não é suficiente. Os ovos ficam aderidos às laterais internas dos pratos ou ainda nas laterais externas dos vasos, por exemplo. O ideal é optar por pratos que fiquem bem justos ao vaso e lavá-los com água e sabão, utilizando uma bucha para retirada de possíveis ovos.