Primeira Campanha de Hepatites Virais da UPF

Realizada pelo curso de Enfermagem, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, a ação realizou testes e encaminhou casos positivos para tratamento

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A dona de casa Mariana Mesquita Lopes, 41 anos, estava andando pela rua quando foi abordada para receber informações sobre hepatite. De imediato, ela ouviu as orientações e se disponibilizou a fazer o exame que detecta a doença, aderindo à Campanha de Hepatites Virais, realizada pelos acadêmicos do IX nível do curso de Enfermagem da Universidade de Passo Fundo (UPF) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.

A ação, que ocorre nesta sexta-feira, dia 10 de junho, iniciou às 8h30min, na Praça Tochetto, e segue até às 16h30min, disponibilizando exames gratuitamente à população. Para o exame, Mariana foi até o Posto Central, onde preencheu o cadastro, realizou a coleta para o teste e, após 30 minutos, recebeu o resultado. “Como nunca fiz o exame e estava com disponibilidade, decidi vir fazer”, conta ela, que realizou o procedimento como outros tantos cidadãos, que puderam realizar o teste de forma gratuita.

Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais
Para a campanha, estão mobilizados 30 acadêmicos de Enfermagem da UPF, que realizam estágio curricular. “Está sendo uma experiência gratificante, principalmente porque a população está participando e aderindo à campanha”, aponta a acadêmica Laís da Rosa, que realizou coleta de sangue para a testagem. Enquanto parte da equipe trabalha com as coletas e atendimento no Posto Central, outra equipe permanece na Praça Tochetto para orientar a população. 

A professora de estágio curricular, Isabel Zamarchi Lanferdindi, esteve junto aos alunos que prestaram informações na Praça Tochetto. “Na praça, fazemos a divulgação e encaminhamos para o Postão, para os exames”, explica ela, lembrando que a ação acontece uma semana antes do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho, o qual tem por objetivo aumentar a conscientização da população sobre o tema.

De acordo com a professora Sandra Maria Vanini, coordenadora dos Programas de Residência Multiprofissional da UPF, além do teste de hepatite, a amostra de sangue também é utilizada para exames de sífilis e HIV. “Quem realiza o teste, recebe o resultado de Hepatite B e C, HIV e sífilis. Apresentada qualquer alteração, os pacientes recebem o encaminhamento para realizar tratamento e acompanhamento especializado”, comenta ela.

Os resultados positivos são encaminhados para o Serviço de Atendimento Especializado (SAE), que está engajado na ação. “O teste reagente é encaminhado para exames laboratoriais para confirmação do diagnóstico, como os casos de hepatite B e C e sífilis. O HIV já consiste em um diagnóstico e todos os casos confirmados recebem assistência do SAE”, explica a enfermeira do serviço, Nádia Silvia Camargo.

Hepatites Virais
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece as hepatites virais como um tópico de grande relevância para a saúde pública mundial. Dados do Ministério da Saúde estimam que existam pelo menos 2 milhões de pessoas cronicamente infectadas pelo vírus da Hepatite C, e a maioria desconhece sua situação sorológica.

As hepatites virais crônicas, inicialmente silenciosas, demoram vários anos para desenvolver complicações. O surgimento de sintomas também pode levar anos e, quando ocorre, a doença já se encontra em fase avançada. Índices de 57% dos casos de cirrose hepática e de 78% dos casos de câncer hepático estão diretamente relacionados aos vírus de Hepatite B e C. É estimado que 1,5 milhão de mortes estejam relacionadas às hepatites virais.

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