Avaliação apontou má qualidade das calçadas em Passo Fundo

Estudo foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental da UPF e apontou a necessidade de melhorias nas estruturas existentes na cidade

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Calçadas foram analisadas, contemplando 16 bairros de Passo FundoCalçadas foram analisadas, contemplando 16 bairros de Passo Fundo
Calçadas foram analisadas, contemplando 16 bairros de Passo Fundo
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Uma avaliação apontou que a maioria das calçadas passo-fundenses tem qualidade ruim. A pesquisa foi desenvolvida por uma aluna do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Passo Fundo (PPGEng/UPF). A pesquisa apontou que a cidade está longe de oferecer qualidade e que muitas melhorias precisam ser feitas. De acordo com Vanessa Tibola da Rocha o objetivo principal do trabalho foi analisar indicadores de planejamento urbano sustentável para o estado do Rio Grande do Sul. “É importante ter a consciência de que cada atividade gera um impacto dentro do planejamento urbano. Hoje, um dos principais problemas das cidades tem relação direta com a mobilidade urbana e, nesse contexto, as calçadas podem dar uma resposta às questões que envolvem uma mobilidade mais sustentável. A importância das calçadas está diretamente ligada à acessibilidade e ao direito de todas as pessoas, independente da condição física, andarem com segurança”, pontua.
 
Avaliação
Para diagnosticar a situação das calçadas de Passo Fundo, Vanessa utilizou metodologias, analisando sete indicadores que geraram o Índice de Qualidade das Calçadas (ICQ). Foram levados em consideração segurança (risco de atropelamento), manutenção (bom estado de trafegabilidade), largura efetiva (mínimo de 1,20m e sem obstáculos), seguridade (iluminação, baixos índices de assaltos e violência), atratividade visual (área verde), permeabilidade (qualidade do material utilizado e capacidade para absorver a água das chuvas) e acessibilidade (condições para que todas as pessoas possam trafegar).
A avaliação técnica ocorreu em 16 quarteirões da cidade, sorteados aleatoriamente, representando 16 bairros de estudos. Os questionamentos foram feitos para 370 pessoas, residentes nos locais observados. Segundo Vanessa, a pesquisa apontou muitos problemas, mas mostrou que a população está preocupada e disposta a melhorar a situação. “O resultado apontou em primeiro lugar a acessibilidade, em segundo a segurança, depois seguridade, atratividade visual, permeabilidade, largura e por último a manutenção. Todos os entrevistados ressaltaram a importância de se ter calçadas mais acessíveis, não ligadas apenas à questão de atender a pessoas com limitações físicas, mas de se construir calçadas de qualidade, além da conscientização de não obstruir e conservar”, ressalta. A avaliação final do ambiente para os pedestres foi obtida através do IQC, calculado a partir de uma equação. O levantamento foi baseado em pontuações classificadas como excelente, ótimo, muito bom, bom, regular, ruim, muito ruim e péssimo, tendo a maioria das avaliações sido classificadas como muito ruim.

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