Mais que ouvir relatos, um grupo da Associação Passo-fundense de Cegos (Apace) pôde aprender sobre história por meio das suas mãos na tarde desta terça-feira, 14 de junho, no Laboratório de Cultura Material e Arqueologia (Lacuma) da Universidade de Passo Fundo (UPF). A atividade foi organizada pelos acadêmicos da disciplina de Educação Inclusiva, do curso de História, com o objetivo de inserir o deficiente visual no ensino de história através da educação patrimonial, estimulando-os no processo de conhecimento das manifestações culturais locais. A disciplina é ministrada pela professora Elisabeth Foschiera, e o Lacuma é coordenado pela professora Jacqueline Ahlert, que acompanhou a atividade.
Inicialmente, os participantes ouviram explanações sobre os indígenas que habitavam a região do Rio Grande do Sul antes da chegada dos europeus. Após, manusearam peças arqueológicas, réplicas e originais e, por meio do tato, perceberam detalhes que contam como viviam os antigos habitantes dessa região. A cerâmica foi um material muito usado pelos indígenas, por isso a atividade incluiu um trabalho em argila, que ilustrou como eram feitos os utensílios utilizados por esses povos. Janaína Borges dos Santos foi uma das participantes, e demonstrou interesse no aprendizado. “Fico imaginando como eram feitas essas ferramentas, como essas pessoas viviam”, refletiu.
Por meio desta iniciativa, os acadêmicos incentivam a participação da Universidade através de seus vínculos naturais com a educação patrimonial, nesta ação que se enquadra na linha programática de inclusão.