Maior dificuldade é identificar responsáveis

Ações de dano ao patrimônio público geram retrabalho para os servidores e gastos que poderiam ser investidos em outros fins. Comunidade pode ajudar a identificar responsáveis, denunciando

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Várias bicicletas, do sistema de bicicletas compartilhadas, já foram abandonadas em diferentes bairros de Passo Fundo e recuperadas pela políciaVárias bicicletas, do sistema de bicicletas compartilhadas, já foram abandonadas em diferentes bairros de Passo Fundo e recuperadas pela polícia
Várias bicicletas, do sistema de bicicletas compartilhadas, já foram abandonadas em diferentes bairros de Passo Fundo e recuperadas pela polícia
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A secretaria de Transportes e Serviços Gerais não possui um controle de quanto é gasto em reposição de equipamentos e reformas de locais públicos que sofreram vandalismo. Entretanto, é indiscutível que esses valores poderiam ser revertidos para melhorias que trariam ainda mais conforto para a comunidade passo-fundense. De acordo com o secretário Cristiam Thans, é difícil quantificar os prejuízos, já que alguns equipamentos são consertados pela própria secretaria e outros por empresas terceirizadas. No caso das paradas de ônibus, por exemplo, foi gasto em torno de R$ 3.500,00, valor esse que poderia ter sido investido na construção de uma parada e meia. As maiores ações de vandalismo são nas paradas de ônibus, em bancos de praças, lixeiras, placas de sinalização e contêineres. Mas vários equipamentos públicos já foram vítimas. “Para nós isso é muito ruim. Primeiro porque gera um retrabalho de ir até lá, consertar, arrumar, depois o custo do material que foi gasto. Isso além do tempo que gastamos para corrigir esse material, acabamos desviando de outra ação que a prefeitura poderia fazer”.
Para o secretário, as ações vêm em ondas. “Por exemplo, nós tivemos uma época em que se depredavam paradas de ônibus, depois parou um pouquinho, começou os contêineres. Recentemente tivemos problemas nas praças. Na Praça Marechal Floriano Peixoto, por exemplo, tivemos o registro de uma ação de vândalos no banheiro público e vandalismo no chafariz”, explica ele. São ações de poucas pessoas, que acabam atrapalhando toda a comunidade. “É um bem público, que pertence a todo mundo”. Recentemente, também foram registradas ações de vandalismo em diferentes praças, com estragos nos brinquedos e academias ao ar livre.

Comunidade pode ajudar
A primeira ação apontada por Thans para resolver o problema é a conscientização. A ajuda da comunidade, que pode denunciar os atos, também é bem-vinda. “Em primeiro lugar deve haver uma conscientização para que o ato não aconteça. A comunidade também tem que ajudar a prefeitura a fiscalizar, denunciando e informando quem praticou os atos. A prefeitura vem procurando melhorar a iluminação de locais públicos para que coíba um pouco mais e também vem procurando aumentar a fiscalização, por meio dos servidores. E agora, em uma segundo momento a ideia é que a gente possa começar a penalizar as pessoas que praticam isso, de uma forma ou de outra”. A maior dificuldade é identificar quem pratica os atos. A denúncia pode ser feita, no momento da ação, para a polícia, por meio do número 190. Se não for possível na hora, posteriormente pode-se entrar em contato com a secretaria, por meio do telefone (54) 3316-7200 que tomará as providências necessárias para tentar identificar o criminoso.

Bicicletas compartilhadas
O sistema de bicicletas compartilhadas, instalado em Passo Fundo há cerca de um mês, também já registrou alguns atos de vandalismo. De acordo com o secretário de esportes, Gilberto Bellaver, já foram cerca de 10 ocorrências envolvendo estrago de equipamentos. O custo, porém, não é de reponsabilidade da prefeitura, mas sim da empresa Mobhis, contratada para a manutenção e reposição das bicicletas. Foram utilizados, pela prefeitura, R$ 418.200,00 por 12 meses de prestação de serviço. O valor total envolve a confecção de 110 bicicletas – sendo 100 para utilização e 10 para reserva. Além disso, também está incluso no valor a instalação das 10 estações. Funcionários também foram contratados para atuar no sistema. O valor, então, permanece o mesmo, independentemente de ações de vandalismo. Para Cristian, a utilização dos equipamentos está sendo bem aproveitada pela comunidade. “As ações de vandalismo são muito pontuais, prejudicam sim, mas não colocando em xeque o projeto”.

Ocorrência na Gare
Na madrugada desta quinta-feira (16), por volta das 2h30, a Brigada Militar prendeu um homem em flagrante por dano ao patrimônio público. Ele estava tentando roubar os fios elétricos do prédio onde funciona a Feira do Produtor, no Parque da Gare. Quando a polícia chegou, o homem já estava com torneiras e canos nas mãos. Depois de aberta à comunidade, no dia 22, o Parque da Gare terá vigilância 24 horas.

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