Forças reúnidas para resolver problemas ambientais

Sustentabilidade esteve em pauta durante encontro de formação política da Rede Sustentabilidade, neste sábado (02)

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Reginaldo Bacci iniciou a conversa no eventoReginaldo Bacci iniciou a conversa no evento
Reginaldo Bacci iniciou a conversa no evento
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“O planeta é a nossa casa, devemos cuidar dele”, diz o coordenador de formação política da Rede Sustentabilidade no Estado, Reginaldo Bacci, durante o evento que ocorreu na tarde deste sábado (02), no Rio Hotel, em Passo Fundo. Compartilha da mesma ideia, o professor e químico, Rudimar Pedro, que também esteve no encontro e é dono de uma pesquisa sustentável sobre resíduos sólidos urbanos. 

Para o professor, o maior problema ambiental das grandes cidades, em especial no Rio Grande do Sul, é a destinação inadequada dos resíduos sólidos. O lixo que o homem urbano produz, segundo Rudimar Pedro, é feito de resíduos que podem se transformar em recursos, em empregos e renda. “Os resíduos urbanos criam um problema, mas, também, são a solução, pois têm condições de se autofinanciarem, além de trazer empregos e renda, sem precisar de um investimento mirabolante, como falam por aí”, diz.
Com base em um estudo feito sobre os resíduos de Passo Fundo, é possível afirmar, conforme o químico, que apenas 3 dos 35%  de resíduos com possibilidade de reutilização ou reciclagem, são reutilizados na Usina do município. “Ou seja, 32% dos resíduos com capacidade para se transformar em lucro, viram gastos ao município, que paga para uma transportadora levar embora o que se produz aqui”, esclarece.
A solução, de acordo com Rudimar Pedro, existe. “Em Passo Fundo, o projeto empregaria mais 20 pessoas. Basta investir o dobro do que é pago para, simplesmente, livrar-se dos resíduos produzidos por aqui, para termos um equipamento que vai se pagar em menos de um ano, com a reutilização do chamado ‘lixo’”, afirma.
A ideia do professor e do representante da REDE em Passo Fundo, Álvaro Lottermann, é firmar parceria para cuidar do planeta, começando pelo município. “A intenção é que o partido abrace a ideia e a aplique em qualquer cidade do país”, conclui.

Por que mais um partido?

Com seus três anos de fundação, o partido passa a ser conhecido pela população a partir de ações e através do boca a boca, como explicou Bacci. “A REDE surgiu de um movimento que não queria se tornar partido, mas que sentia a necessidade de criar uma nova política. Com essa negação de ser partido, surgiu com nome e sobrenome (Rede Sustentabilidade), para ser diferente, para ter consigo pessoas comprometidas com o planeta e preocupadas com o todo”, afirma.
Com claros objetivos de sustentabilidade traçados, o partido que se consolidou em 2015, foge do que é tradicional em sua formação e ganha filiados e simpatizantes por suas diretrizes de atuação: “Nós trabalhamos em rede, porque acreditamos que as pessoas novas e de mais idade, os homens e as mulheres, os ricos e os pobres, seja quem for, podem contribuir para com o planeta, desde que realmente queiram”, frisa.
Em 2008, conforme elucida Bacci, a então Ministra do Meio Ambiente no governo Lula (PT), Marina Silva, pediu demissão do cargo. Dois anos depois, ela e mais um grupo de militantes iniciaram o movimento denominado “Nova Política”, que daria origem à REDE, três anos depois. A preocupação dos manifestantes era com a humanidade, com a saúde do planeta, com a nossa morada. “Surgimos como uma alternativa para quem procura preservar, produzir racionalmente e lutamos, não só por um país mais sustentável, pois já existimos fora do Brasil, mas para a humanidade, para quem está por vir”, conclui.

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