A população de Passo Fundo deseja aumento no número de leitos nas unidades públicas de saúde. É o que aponta o levantamento parcial da campanha Desejos para Saúde, lançada no final de julho pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que pede para os gaúchos indicarem seus desejos para a área da saúde. Até agora, os quatro principais desejos da população da cidade são: aumento no número de leitos (28%), valorização dos profissionais da saúde (26%), agilidade para a realização de procedimentos (23%) e agilidade no atendimento (23%).
A campanha Desejos para Saúde tem como objetivo motivar os gaúchos a pautar os problemas da saúde e cobrar soluções dos candidatos que vão disputar as prefeituras na eleição de 2016. A iniciativa conta com uma plataforma digital para que a população possa “votar” nos três principais anseios para melhorar a qualidade da saúde no Estado. Por meio do site www.desejosparasaude.com.br, a população poderá fazer suas escolhas. As votações podem ser feitas até 30 de agosto. As pessoas poderão votar mais de uma vez e em mais de um município.
Foram realizadas ações de mobilização em Porto Alegre, Santa Maria, Pelotas e Canoas para gerar maior envolvimento do público, com projeção mapeada (mapping), com informações sobre a campanha e sobre como participar. O Sindicato vai divulgar no final da campanha os temas mais votados em um mapa com o diagnóstico das principais necessidades ligadas à saúde no Estado. Um dossiê será elaborado e será entregue aos candidatos a prefeito dos municípios gaúchos, cobrando um plano de ação para a solução dos problemas apontados, de forma efetiva.
“Queremos mapear os desejos, captar o que as comunidades percebem como insuficiente e acabam não tendo como encaminhar, como cobrar de quem é candidato e que daqui a pouco pode virar prefeito”, destaca o presidente do Simers, Paulo de Argollo Mendes. “Os cidadãos são o termômetro da saúde no Estado, pois eles sofrem com a precariedade do atendimento e com a falta de recursos. Essa campanha é uma oportunidade para que a sociedade seja ouvida, expondo suas dificuldades e apresentando suas preocupações. O diagnóstico preciso vai permitir que o Simers atue de forma mais assertiva na defesa dos direitos à saúde dos gaúchos”, destaca Argollo.