OPINIÃO

Fatos 09.08.2016

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Argumentos

Se argumentos reivindicatórios ou até mesmo políticos não são suficientes para que a Câmara de Vereadores vote e aprove o projeto que quer proibir venda e consumo de bebida alcoólica em vias públicas, então eis os argumentos científicos para reforçar a necessidade de a proposta ser aprovada. O projeto, aliás, é do vereador Renato Tiecher, PSB, e foi construído com auxílio do Ministério Público. O médico Paulo Reichert, chefe da equipe de transplantes hepáticos do HSVP é uma autoridade no assunto. A continuar o ritmo de consumo de bebidas alcoólicas por jovens, a expectativa de vida destes consumidores vai reduzir consideravelmente. O número de casos de jovens com menos de 30 anos com cirrose é assustador. O consumo de álcool por mulheres aumenta a chance de câncer de mama. O consumo de wodka é autodestruidor: enquanto a cerveja tem uma média de 5% de álcool, a wodka tem 50%. Consumir este destilado com energético ou refrigerante, só faz a pessoa ingerir o álcool em quantidades ainda maiores.

Soluções

O médico, que já foi ouvido pelo Jornal O Nacional em diversas ocasiões, foi o entrevistado de ontem do Canal de Notícias da UPFTV e reforçou os alertas. Na opinião do especialista, medidas simples podem evitar danos que vão além da própria saúde de quem consome bebidas alcoólicas: podem evitar crimes e acidentes decorrentes do consumo. Entre as medidas estão aumentar o imposto dobre bebidas, e aumentar o preço das bebidas. Também proibir a publicidade de bebidas alcoólicas como se fez com o cigarro. Por fim, dificultar o acesso de todas as formas. Aí, entra o projeto em discussão na Câmara.

Conversando sobre eleições

A partir desta terça-feira e, em todas as demais terças até as eleições, o advogado e especialista em direito político, André Leandro Barbi de Souza, estará colaborando com o Jornal O Nacional para esclarecer de forma didática e objetiva os papeis do Executivo e Legislativo e o que compete ao prefeito e aos vereadores.

Reeleição

Quase 40% dos prefeitos gaúchos em condições de concorrer, optaram por não buscar a reeleição. O Rio Grande do Sul é o Estado com maior índice de prefeitos que desistiram das eleições deste ano. No Brasil, o índice é o maior dos últimos oito anos. Efeito crise.

Distorções

Mais de 300 servidores vinculados ao Executivo estão fora de suas funções e exercem algum tipo de atividade relacionada entidade sindical. Porém, todos recebem seus salários do Estado, o que representa cerca de R$ 40 milhões ao ano. Tem sindicalista recebendo salário de R$ 50 mil mensal. A informação é do deputado Gilberto Capoani, PMDB, para quem estas distorções devem ser corrigidas. 

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