Abertura terá homenagem aos 100 anos de João Simões Lopes Neto

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Com tema central que recorda os 100 anos da morte do escritor gaúcho João Simões Lopes Neto (1865-1916), o Grupo de Teatro Timbre de Galo é responsável pelo trabalho de pesquisa, organização, montagem e execução da abertura do XIII Festival Internacional de Folclore, que acontece de 12 a 20 de agosto, em Passo Fundo (RS). O trabalho acontece com o apoio da Baillar Centro de Danças e da Cia. de Artes Caripaiguarás, da cidade de Guaporé.
 
Durante todos os dias do evento, será apresentada a performance “Escuta-o”, com alguns personagens que permeiam a obra “Contos Gauchesco & Lendas do Sul” (em especial, “Melancia e Coco Verde”) e “Correr Eguada”. “São contos que, por si só, nos conduzem ao universo literário de Simões Lopes Neto. Em Melancia e Coco Verde, se destaca a história de amor entre Sia Talapa e o Cadete Costinha. Já o conto Correr Eguada narra um tempo que ficou para trás, mas que o vaqueano reconta, ativando sua memória semeada de recordações”, conta o diretor da abertura e pesquisador do Grupo Timbre de Galo, Edimar Rezende.
 
Os ensaios estão acontecendo desde o mês de maio. Entre atores, dançarinos, músicos e produção, mais de 30 pessoas estão envolvidas com o trabalho. Para contar a história, serão utilizadas na encenação coreografias com boleadeiras e bumbo leguero. “Queremos uma vibração e energia que contagie o público presente. Todo este trabalho é autoral e criado especialmente para esta abertura”, destaca Edimar.
 
Os contos
 
Em Melancia e Coco Verde, é contada a história de amor entre Sia Talapa e o Cadete Costinha. Ela, filha de um fazendeiro, o Velho Severo, que não queria o namoro entre os dois e, sabendo da partida do cadete para a guerra, arranjou a sua filha um casamento com o seu sobrinho, um ilhéu mui comedor de verduras, que tinha uma casa de negócios na vila.

O jovem casal apaixonado, na despedida dele para a batalha, combinou que, em qualquer recado, carta ou aviso, ela teria o nome de Melancia e ele, de Coco Verde. Desta forma, ninguém mais saberia. O amor faz Costinha desbravar a batalha e, com ajuda do amigo Reduzo, resgatar a amada desse casamento sem consentimento.

O conto Correr Eguada narra um tempo que ficou para trás, mas que o vaqueano reconta, ativando sua memória semeada de recordações. Fala da lida campeira, ambientada nos campos do Major Jordão, mostrando a doma e a estima do gaúcho pelo cavalo.
 
Ficha Técnica
Texto e Direção: Edimar Alexandre Rezende 
Poema “Chamas que Chamam”: Eládio V. Weschenfelder 
Produção, Figurinos e Adereços: Mara Cavalheiro
Direção Musical: Rafael Terres
Coreografia: Baillar Centro de Danças, coreógrafo - Jorge Rios
Atuação: Rodrigo Vilanova, Elenice Deon, Carlos Augusto Bilhar e Edimar Alexandre Rezende
Músicos: Diego Granza e Rafael Terres
Cantores: Janaína Cavalheiro e Dadá Lima
Dançarinos: Cia de Artes Caripaigurás - Guaporé
Técnico de Som: Sérgio Nickel da Costa

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