Com um dos blocos interditado por problema de infiltração de água, parte dos alunos da escola Anna Luisa Ferrão Teixeira, na vila Fátima, será transferida, a partir de hoje, para a Escola Estadual de Educação Profissional João de Cesaro, distante cerca de três quadras. A mudança envolve 270 estudantes. Pelo menos 150 deles cursam o ensino médio no turno da manhã. Outros 120 são do turno da tarde, e fazem parte de duas turmas do quarto e duas do quinto ano. Para receber os novos alunos, a João de Césaro disponibilizou cinco salas de aula pela manhã e outras quatro à tarde, uma sala para a coordenação e professores, além da cozinha, para preparo da merenda.
Durante todo o dia de ontem, uma equipe trabalhou na transferência de material pedagógico, apoio, e também de algumas classes. A interdição do prédio, de três andares, onde funcionam sete salas de aula, laboratório de informática e sala de vídeo, havia sido anunciada na semana passada. Com as fortes chuvas, a água infiltrou pelo telhado e inundou o bloco todo. A chuva intensa que retornou no final de semana agravou ainda mais a situação. “As escadas viraram uma cachoeira” diz uma professora.
“Este prédio tem cerca de 20 anos, é o mais novo dos quatro que temos aqui. No entanto, os cupins atacaram a estrutura de madeira e o telhado cedeu. Com o desnível, a água infiltrou” explica a diretora, Stela Maris Martins. A realocação dos alunos mexeu também com a equipe diretiva do educandário. Stela explica que um grupo da direção será mantida na João de Césaro, em sistema de rodízio. Os horários dos períodos também tiveram de ser alterados para evitar o vai e vem dos professores. Mesmo assim, em alguns casos, essa situação será inevitável. Para orientar pais e alunos, a direção agendou duas reuniões para hoje. A primeira delas acontece às 8h, e a segunda está marcada para às 13h30, ambas na João de Césaro.
Demanda
A escola tem um processo junto à Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul desde 2015, solicitando a reforma do prédio que cedeu. Além disso, a solicitação inclui a pintura da escola e a reforma do piso, que por ser desnivelado, acaba acumulando água. A escola Anna Luisa Ferrão Teixeira tem cerca de 900 alunos.
O que diz a 7ª CRE
Coordenador da 7ªCoordenadoria Regional de Educação, o professor Santos Olavo Misturini, disse que o processo de reforma do telhado danificado já foi encaminhado para a Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Segundo ele, engenheiros da Coordenadoria Regional de Obras Públicas do Estado (CROP), realizaram o memorial descritivo, projeto e orçamento. “O caso está na Seduc aguardando a liberação da verba. Assim que isso ocorrer, será encaminhado para o setor de obras da Secretaria, com abertura de edital para tomada da melhor proposta” explica. Sem a possibilidade de estabelecer um prazo de conclusão da obra, Misturini, que viaja hoje a Porto Alegre para tentar agilizar o processo, disse que 'ficará feliz caso aconteça ainda em 2016'.