Vida que segue...
O Brasil ainda vive as repercussões latentes do impeachment de Dilma Rousseff e a perplexidade de fatos que se sucederam depois do julgamento. A começar pela posse rápida e o discurso seco e vazio do novo chefe da Nação. Não bastasse isso, horas depois de assumir definitivamente a presidência, Michel Temer embarca para a China, deixando em seu lugar um presidente em exercício só conhecido pelos cariocas. Sim, estamos sob o governo de Rodrigo Maia, DEM, presidente da Câmara e que tem no seu currículo projetos como a redução de gordura trans nos alimentos. A ascensão meteórica de deputado federal, desconhecido da grande maioria da população, à Presidência da República (mesmo que interino) é apenas uma das distorções do atual modelo político do Brasil. Mas, concordo, poderia ser pior, caso Eduardo Cunha estivesse na Câmara dos Deputados. O fato é que, esperávamos mais de Temer ao assumir o país definitivamente. Continuamos esperando, na verdade. Fica para a volta da China.
Inegociável
Mas agora que, tudo parece resolvido no campo político, o governo diz que a idade mínima para aposentadoria é inegociável. Vai enfrentar a contrariedade das centrais sindicais e terá que negociar com o Congresso para aprovar a proposta.
Governabilidade
Negociar com o Congresso parece que será o grande desafio de Temer para garantir a governabilidade. Se não ceder, como fez Dilma, terá problemas sérios. Ceder significa oferecer aqueles regalos aos parlamentares como cargos, liberação de emendas, etc, etc....
Buracos
É lastimável a condição da ERS 324, no trecho de Passo Fundo a Casca. Quem precisa transitar diariamente pela rodovia que o diga. E a novela parece não ter fim.
Tratamento
O PDT deve dar o mesmo tratamento imposto ao deputado Giovani Cherini (expulso do partido), aos senadores que votaram pelo impeachment. Na lista, Lasier Martins.
Foi dito
“O que se fez lá foi um DVS (destaque para votação em separado) não em relação à proposição que estava sendo votada, se fez um DVS em relação à Constituição, o que é, no mínimo, para ser bastante delicado, bizarro”. Ministro do STF Gilmar Mendes.