OPINIÃO

O Futuro do Trabalho

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Estudo publicado pelo Fórum Econômico Mundial (World Economic Fórum), indica uma mudanças disruptivas para os modelos de negócios que terão um profundo impacto sobre o futuro do mercado de trabalho ao longo dos próximos anos. Em muitas indústrias de diferentes países, a maioria das ocupações demandadas ou especialidades não existia a menos de dez anos ou mesmo cinco anos atrás e, o ritmo da mudança está definido: será acelerado. O estudo indica que 65% das crianças ao ingressar na escola primária hoje, irão trabalhar em novos tipos de emprego que ainda não existem.
O retrato do trabalho de hoje, ao se olhar para o passado e visualizar o futuro indica uma rápida e crescente evolução, a capacidade para se antecipar e prepara-se as necessidades futuras de qualificação, conteúdo do trabalho e o efeito sobre o emprego serão cada vez mais um fator crítico para empresas, governos e indivíduos, a fim de aproveitar plenamente as oportunidades apresentadas por estas tendências e para mitigar resultados indesejáveis.
Várias ondas de avanços tecnológicos e alterações demográficas propiciaram elevada prosperidade, aumento da produtividade e a criação de empregos. Isso não significa, no entanto, que essas transições estivessem livres de riscos ou dificuldade. Antecipar e se preparar para a próxima onda de mudança será cada vez mais desafiador.
Como um componente da Iniciativa Global Challenge do Fórum Econômico Mundial do Emprego, Competências e Capital Humano, o futuro dos postos de trabalho tem como objetivo trazer especificidade para o próximo tendências no emprego e competências futuras em indústrias e regiões e para estimular o pensamento mais profundo sobre como os negócios e os governos podem gerir estas tendências.
Embora apenas uma pequena parte da força de trabalho global do mundo de mais de três milhões de pessoas é empregado diretamente por grandes e emergentes empresas multinacionais, estes empresas muitas vezes atuam como âncoras para as pequenas empresas e locais ecossistemas de empreendedorismo. Portanto, para além da sua própria quota significativa do emprego, a força de trabalho de planejamento decisões por estas empresas têm o potencial de transformar mercados de trabalho locais, através de emprego indireto e ajustando o ritmo para mudança de habilidades e requisitos para ocupar esses espaços no futuro.
O Brasil tem um desafio maior perante aos países desenvolvidos, além de não ter desenvolvido uma economia criativa e disruptivas precisa lidar em pleno século XXI com uma elevada taxa de analfabetismo. A taxa de analfabetismo entre brasileiros com 15 anos ou mais em 2014 foi estimada em 8,3% (13,2 milhões de pessoas), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano de 2013, esse indicador havia sido de 8,5% (13,3 milhões). O número de analfabetos é maior do que a população inteira da cidade de São Paulo, cerca de 12 milhões de pessoas, segundo estimativa do IBGE.
A pesquisa também considerou a taxa de analfabetismo funcional. Ela é definida pelo IBGE como a proporção das pessoas com 15 anos ou mais com menos de 4 anos de estudo em relação ao total de pessoas na população com a mesma faixa etária. Neste grupo, o analfabetismo funcional passou de 18,1% em 2013 para 17,6% em 2014. A principal redução foi verificada na Região Norte, passando de 21,6% para 20,4%, queda de 1,2 ponto percentual.
Enfim, as empresas no Brasil de uma maneira geral, independente do setor, terão que lidar com as tecnologias disruptivas, modelos de negócios inovadores e com a tendência cada vez maior de treinar, desenvolver e aperfeiçoar habilidades e competências de seus atuais e futuros colaboradores. Além de considerar que o mundo e as relações são liquidas e que planejar, ser proativo não será mais tendência e sim necessidade.

Adriano José da Silva
Coordenador da IMED Businees Scholl

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