O primeiro dia de greve dos funcionários dos Correios teve adesão de aproximadamente 30% em Passo Fundo. A decisão ocorreu em assembleia realizada quarta-feira à noite, em Porto Alegre. A paralisação atinge seis estados por tempo indeterminado. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Passo Fundo, Josemar Lara, diz que a categoria pede aumento de 15%, reajuste linear de R$ 300, manutenção do plano de saúde e contratação por concurso público. No município, a paralisação foi maior no Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE), na avenida Brasil, bairro Petrópolis, e no Centro de Distribuição Domiciliar (CDD), no bairro São Cristóvão. Segundo sindicato, pelo menos 70% dos trabalhos destas duas unidades aderiram à greve. O CTCE é responsável pela distribuição de encomendas para mais de 200 cidades das regiões norte e nordeste do estado. Somente entre sedex e PAC o volume diário é de aproximadamente 12 mil correspondências.
“Vai atingir diretamente a entrega das correspondências. Ainda mais nesta época de eleição. Uma ordem de serviço da gerência nacional, determinou como prioridade a entrega de material de campanha dos candidatos, sendo que o sedex aparece em terceiro lugar, e objetos registrados como 'urgente' é o décimo primeiro da lista. Já temos uma defasagem e ainda sobrecarregam os funcionários com material de campanha” revela Lara. No CDD do conceição a adesão foi de 15%. No entanto, o Centro de Entregas de Encomendas (CEE), e na agência central, operaram com 100% dos funcionários.
Contraponto
Em nota publicada no site da empresa, a assessoria de comunicação informou que os Correios estão operando com normalidade em todo o Brasil. O texto diz que o “Tribunal Superior do Trabalho (TST) ofereceu aos trabalhadores reajuste linear de R$ 200 em forma de gratificação (R$ 150 em agosto de 2015 e R$ 50 em janeiro de 2016), o que representa um aumento de cerca de 15% sobre o salário base inicial dos agentes de Correios (carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo). A proposta inclui ainda manutenção do plano de saúde dos trabalhadores da forma como é hoje e reajuste de 9,56% nos benefícios vale cesta, vale-alimentação/refeição, auxílio para dependentes especiais e auxílio creche/babá a partir de agosto de 2015, entre outros pontos. A proposta foi aceita por 16 dos 36 sindicatos da categoria.