Tumor que ocupa o terceiro lugar na incidência entre homens e o quinto entre as mulheres, o câncer gástrico – ou de estômago – deve surgir em mais 20,5 mil pessoas somente este ano. A estimativa é do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), que afirma que cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com a neoplasia têm mais de 50 anos.
O tumor em questão ocorre na mucosa do estômago e possui três causas principais: cigarro, bactéria H. Pilori e má alimentação. O pico de incidência se dá em sua maioria em homens, por volta dos 70 anos. Em 2013, o número de mortes foi de 14,1 mil, sendo 9,1 mil em homens e 5 mil em mulheres.
A má alimentação é dos principais problemas, sobretudo àqueles que se alimentam de carnes vermelhas, queijos e produtos de origem animal conservados artificialmente, especialmente por meio de fumaça, como carne de sol, charque e alimentos conservados com substâncias químicas.
Infelizmente a doença é assintomática no seu início, os sintomas do câncer de estômago geralmente aparecem na forma mais avançada. O diagnóstico é geralmente feito por uma endoscopia digestiva alta.
Os principais sinais e sintomas podem incluir: Falta de apetite e perda de peso; Dor abdominal; Sensação de plenitude na parte superior do abdome, após uma refeição leve; Azia ou indigestão; Náuseas ou vômitos persistentes; Inchaço ou acúmulo de líquido no abdome.
A maioria destes sintomas é provavelmente causada por patologias benignas, mas também podem ocorrer com o câncer, dando dificuldade no diagnóstico. Mas, as pessoas que apresentarem algum desses sintomas, especialmente se persistem ou pioram, devem conversar com seu médico de confiança para uma investigação.
Luis Alberto Schlittler - oncologista do Centro Integrado de Terapia Onco-Hematológica (CITO). Responsável Tumores Gastrointestinais, Sistema Nervoso Central e Pulmão.